ESCRITORES

ESCRITORES

Diário Bordô e outras pequenas vastidões

"Escrevo o que acredito ser parte de tudo que vivo e observo. Alguns costuram, outros compram ingressos para o cinema, outros mais se ocupam do vento. Eu escrevo. Somente." Letícia Palmeira

Sobre o livro:
"Fico pensando na linearidade, no fio da vida (eu que nunca pensei na vida como um fio!). O livro vai e passa pelas datas, pelos meses. Vai cronológico e dá essa web-cara, esse ar de diário moderno, de bordo bordado, transbordando. Bordoando. E é assim que me sinto, bordoado. De olho roxo, lilás de alegria por me reconhecer nela, não me sentir mais só enquanto demasiado humano. Se Álvaro de Campos a tivesse lido, veria que Palmeira também leva porrada e faz questão de expor o hematoma, como quem grita que aqui, aqui há gente.
Advirto — importante! — a Letícia Autobiográfica aqui presente, apesar de apontar seus caprichos, nada tem de revista de banca. Subverte a lírica e vai de encontro a um existencialismo pulsante. Propõe densidade. “Mas veja que bobagem a literatura que não arde”. Arde sem doer, feito amor de Camões. Ardido, Diário de Bordo é um olhar sobre o ofício de escritora, pinceladas sobre o processo criativo desses textos fecundos, como se bebês já discorressem sobre a união de coxas que os conceberam.
Dada altura a Mulher dispara: “Escrever é gozo e também uma longa corda que nos enforca.”. Convido o leitor corajoso, então, a esse orgasmo suicida."
Por Eder Asa - ator, escritor, no blog da autora.


Saiba mais no Blog da autora [leticiapalmeira.blogspot.com.br]

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