tag:blogger.com,1999:blog-29744367867746380722024-03-13T00:48:51.695-03:00Egrégora: Carrancas LiteráriasLiteratura, Cultura e Arte de VanguardaLuiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.comBlogger589125tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-13248401151229379182024-02-29T19:48:00.001-03:002024-02-29T20:01:17.573-03:00O amor é sexualmente transmissível - Marçal Aquino<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghHH72xRq1a6j5ar6fiqY_wf1GkwvE5VXPNyNy4bn1Oswr432WyVYnCDAtdoyEX11TS7XUCmIQSHD8-xO_WFRSbKNNkbUJcuZaIJN6QioZ24mwN4NNiNQ4s9n8Gi8PzjaMMkqUD2tdEj4/s1600/mar%25C3%25A7al+aquino-1.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghHH72xRq1a6j5ar6fiqY_wf1GkwvE5VXPNyNy4bn1Oswr432WyVYnCDAtdoyEX11TS7XUCmIQSHD8-xO_WFRSbKNNkbUJcuZaIJN6QioZ24mwN4NNiNQ4s9n8Gi8PzjaMMkqUD2tdEj4/s1600/mar%25C3%25A7al+aquino-1.jpg" /></a></div>
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Marçal Aquino, um dos grandes nomes da nova literatura brasileira, tem produzido ao longo dos últimos 25 anos algumas das obras mais significativas tanto da literatura quanto da chamada retomada do cinema nacional. Publicou, entre outros livros, os volumes de contos, O amor e outros objetos pontiagudos [1999], Faroestes [2001] e Famílias terrivelmente felizes [2003], além das novelas O invasor [2002] e Cabeça a prêmio [2003]. Atuou como roteirista dos filmes Os matadores, Ação entre amigos, O invasor, Nina, Crime delicado e O Cheiro do Ralo.</div>
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Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios é uma vertiginosa e acidentada história de amor, ainda mais espantosa porque nascida num ambiente hostil a qualquer manifestação de delicadeza. Mesmo cercada por episódios de loucura e brutalidade, a sedução emerge como o mais arriscado dos jogos. Entregar-se a seus caprichos e normas, tão rígidos quanto os que regem a vida do submundo, pode ser a prova mais difícil da vida de um homem. Aquela que, nas palavras do próprio Cauby, acaba definindo a sua sorte: "Quero saber quantos tiveram a coragem de ir até lá. De encontro ao fim. Eu tive".</div>
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<span style="font-size: x-small;"><strong>SAIBA MAIS EM: [<a href="http://www.youtube.com/watch?v=8Sy1kg3vTVA&feature=youtu.be" target="_blank">MARÇAL AQUINO - JOGO DE IDEIAS</a>]</strong></span><br />
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<span style="font-size: x-small;"><b><iframe allowfullscreen="" height="90" mozallowfullscreen="" msallowfullscreen="" nbsp="" oallowfullscreen="" scrolling="no" src="//html5-player.libsyn.com/embed/episode/id/12354281/height/90/theme/custom/thumbnail/yes/direction/backward/render-playlist/no/custom-color/87A93A/" style="border: none;" webkitallowfullscreen="" width="100%"></iframe></b></span><br />
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Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-10872491467436666532024-02-19T11:06:00.000-03:002024-02-19T11:06:51.985-03:00Uma vela para Dario - Análise profunda da miséria humana na criação literária de Dalton Trevisan <div style="text-align: justify;">
A solidão pela ausência de solidariedade é o tema central do conto <b>Uma vela para Dario</b>. Estar sofrendo um momento de extrema dificuldade, precisando de amparo, ajuda e, ao invés de recebê-la, ser ainda destituído de seus pertences e da própria dignidade nos faz refletir sobre o fato se devemos ou não nos preocupar com pessoas desconhecidas, ao serem encontradas nas ruas, em situação de perigo, precisando de ajuda: “<b>A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagará a corrida?</b> <b>Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede – não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata</b>.” O espaço é o elemento da narrativa mais explorado neste conto. É nele que se desenvolve todo o enredo. É através dele que percebemos o quanto foi dramático o sofrimento da personagem Dario: a rua é um espaço aberto, destituído de qualquer conforto, áspero, sujo, deprimente, que expõe a pessoa a todos os olhares e comentários e também às intempéries da natureza como o vento, a chuva: “<b>É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobrem o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las</b>”. Para Dalton Trevisan, o espaço mais significativo é a cidade de Curitiba. Em grande parte de seus contos, Curitiba aparece citada através de nomes de ruas, bairros, monumentos, pontos de referência. A sua Curitiba é um local com problemas, degradado, mas que assim mesmo acolhe seus moradores. Neste conto não há referência à cidade de Curitiba, mas percebe-se que se trata de um grande centro urbano, onde as pessoas não têm muito conhecimento umas com as outras: “<b>Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite</b>” “<b>Registra-se a correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: é a polícia</b>”.Dalton mostra o lado cruel da cidade para com os “estrangeiros”, aqueles que não pertencem à comunidade, que estão de passagem. O único movimento solidário para com ele partiu de um menino negro, provavelmente outra vítima da exclusão social: “<b>Um menino de cor e descalço vem com uma vela que acende ao lado do cadáver</b><i>". "</i><b>Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair</b><i>".</i></div>
<b>Por Sônia Aparecida Bittencourt Morski, em:</b><br />
[<a href="http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/476-4.pdf">www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/</a><a href="http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/476-4.pdf" target="_blank">pde/arquivos/476-4.pdf</a>]<br />
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<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/1qrh5qpaj2o" width="100%"></iframe></div>
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Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal - BA, Brasil-10.8365146 -38.543924599999968-11.335689599999998 -39.189371599999966 -10.3373396 -37.898477599999971tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-27078103455705617712024-02-19T11:05:00.000-03:002024-02-19T11:05:54.334-03:00Pastinha - poeta, guardião e mestre da Capoeira Angola<div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ErzBYH2galjj3anTxOyPf1mAerjp2vuVmd54AqX96pFMvyBIx6HAJMxK2MtRaXAXAigsESmUZG4TmZf0-ZXRqIk5x9gg_C2pQbchTNY4XqraOr6f8Q06gBETEu7w4JtIzarSRvFtr3U/s1600/Pastinha-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" nda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ErzBYH2galjj3anTxOyPf1mAerjp2vuVmd54AqX96pFMvyBIx6HAJMxK2MtRaXAXAigsESmUZG4TmZf0-ZXRqIk5x9gg_C2pQbchTNY4XqraOr6f8Q06gBETEu7w4JtIzarSRvFtr3U/s200/Pastinha-1.jpg" width="123" /></a><br />
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A vida e os pensamentos do maior mestre da Capoeira Angola do Sec. XX, Mestre Pastinha. Filmado em Salvador, Rio de Janeiro e New York, contém entrevistas com Mestre João Grande, Mestre João Pequeno, Mestre Curió, Roberto Freire, Jorge Amado, Pierre Verger, entre outros. É uma rara oportunidade de se conhecer em profundidade os fundamentos da lendária Capoeira Angola e seu poeta e guardião, Pastinha, que defendeu uma Capoeira de paz e respeito aos seus praticantes, ao ritual, ao berimbau.</div>
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<b>Mestre Pastinha </b>foi o maior divulgador da <b>capoeira angola</b>. Praticamente viveu sua vida inteira pela capoeira. Implementou métodos de ensino, fundou a primeira academia de capoeira chamada de C.E.C.A, o Centro Esportivo de Capoeira Angola e foi convidado para ir até a África mostrar a nossa arte.</div>
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A vida de Mestre Pastinha, Rei da Capoeira Angola, é tema de documentário na TVE Bahia.</div>
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<span style="background-color: #f9f9f9; color: #030303; font-family: "roboto" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div>
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<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/Aiufa8mh9fs" width="100%"></iframe><br />
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Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com1Salvador - BA, Brasil-12.9703817 -38.512382-13.217959700000002 -38.828239 -12.7228037 -38.196525tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-10825079583455546922024-01-17T11:28:00.000-03:002024-01-17T11:28:20.586-03:00Ladeiras, vielas & farrapos - Tom Correia<div style="text-align: justify;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMcSVRx-KxlkTBsECoxwRDfFbswJ2PEFWNv5xALsX6rrODBxZPQAkv5K6MACqerS3YSb02QYpDN2zFPrvMVBN3rp3b4IoquqAOXc8OykUsN4p9wwjtuLfq2KR6IdBPU2BgfI7dXderanc/s1600/ladeiras-vielas-farrapos-capa.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Tom Correia" border="0" data-original-height="212" data-original-width="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMcSVRx-KxlkTBsECoxwRDfFbswJ2PEFWNv5xALsX6rrODBxZPQAkv5K6MACqerS3YSb02QYpDN2zFPrvMVBN3rp3b4IoquqAOXc8OykUsN4p9wwjtuLfq2KR6IdBPU2BgfI7dXderanc/s1600/ladeiras-vielas-farrapos-capa.jpg" title="Ladeiras, vielas & farrapos" /></a></div>
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<span style="color: #474747; font-family: "arial";"><span style="background-color: #eeeeee; font-size: 14px;"><b>Salvador ubíqua e nua</b></span></span></div>
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<span style="color: #474747; font-family: "arial";"><span style="background-color: #eeeeee; font-size: 14px;"><b><br /></b></span></span></div>
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O livro encerra um rico mosaico de narrativas muito bem construídas. Elas se conectam de forma sutil, com uma arte caprichosa: ligam-se umas às outras na profundeza de que emergem, sem perder sua independência, o acabamento que as distingue. Cada uma delas parece refletir a estrutura do conjunto móvel, como uma sinfonia de mestre, sem sacrifício da singularidade dos diferentes movimentos. A gente pode deter-se num dos picos dessa cadeia e estudar-lhe o panorama sem que a surpresa nos abandone nunca, pois a paisagem se expande e se modifica a nossos olhos, pronta e envolver-nos a cada avanço com suas curvas inesperadas, insinuantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
Outra imagem me ocorre, talvez mais exata para falar dessa composição: ela me sugere um labirinto de espelhos que refletem e transformam um único personagem, fazendo-o, porém reconhecível de forma inequívoca nas sucessivas metamorfoses, através das muitas máscaras que lhe empresta. O personagem onipresente que se desnuda na superfície ocelada desse abismo é a Cidade do Salvador. Ela se expõe aqui num <i>striptease</i> desaforado e lírico, brutal, patético, com furor carnavalesco e escandalosa sinceridade.</div>
<div style="text-align: justify;">
O espetáculo é a um tempo cruel e fascinante, rico de uma fantasia que nada oculta, antes desmascara, Uma ironia feroz anima o jogo de alegorias criativas que descobrem seu objeto ao distanciá-lo em aparência. (Falo aqui de "alegoria" no sentido em que o conceito foi renovado por Walter Benjamin; evoco o variável de que se valeram autores com Kafka, Chesterton, Cortázar, Lezama Lima). Essas alegorias multiplicam a figura única, seguidamente transformada de forma reveladora, no ritmo de uma dialética inventiva, que não hesita em face do paradoxo.</div>
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O resultado é um desnudamento. Cá está a cidade que se esforçam por ocultar seus celebrantes oficiais, seus políticos, seus publicitários e tartufos, seus exploradores, seus gigolôs. No estranho palco apocalíptico de Tom Correia ela aparece com toda crueza, exibindo farrapos e chagas, miséria e graça que nada extinguem. Na dança trôpega de suas ladeiras infernais, nos espasmos de suas vielas sórdidas, mostra-se um brilho inesperado que uma escrita ágil captura. A essa luz crua, profética e viva, revela-se a esquecida, escondida, incontrolável Salvador: a metrópole negra, pobre, torturada, trágica, fantástica, desgraçada, cômica, luminosa, suja e desvairada, uma radiante, frenética prisioneira de seus fantasmas, sempre tentando evadir-se com alucinados esplendores e sempre recaindo em feroz vertigem.</div>
<div style="text-align: justify;">
[...]</div>
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A dureza com que esculpe o retrato cruel da cidade amada não impede que Tom Correia faça uso de outros tons, não inibe a variedade de recursos expressivos, por vezes manipulados polifonicamente no extremo oposto do seu espectro poético: não estanca, por exemplo, o frescor e a ternura de que sua linguagem também é capaz, nem tolhe seu bom manejo da paleta lírica, com bem mostram os contos "Rolimãs" e "Água Brusca". Poucos ficcionistas reúnem essas habilidades.</div>
<div style="text-align: justify;">
Falta-me aqui espaço para seguir explorando toda a riqueza do livro de Tom Correia. Encerro com uma alegre constatação: temos um escritor baiano perfeitamente capaz de ombrear com os maiores nomes da literatura brasileira contemporânea. Tomara que sua terra não demore a dar-lhe esse reconhecimento. </div>
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<b>Por Ordep Serra - </b>Escritor e Antropólogo</div><div style="text-align: justify;"><b style="color: #0f0f0f; text-align: start;"><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="color: #0f0f0f; text-align: start;"><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="color: #0f0f0f; text-align: start;"><span style="font-size: medium;">Minha história: Tom Correia</span></b></div>
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<br /></div>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/L9Vt1LzDtaw?si=SOresTMSm7xtb_Cl" title="YouTube video player" width="100%"></iframe>
Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal, BA, 48400-000, Brasil-10.8364886 -38.543965100000037-10.8988711 -38.624646100000035 -10.7741061 -38.463284100000038tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-37197687281389400142023-11-28T14:29:00.000-03:002023-11-28T14:29:21.695-03:00A eclosão de dimensões metafóricas na lírica de Rita Santana<br />
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/b2e2pJu0sQ8" width="100%"></iframe><br />
<br />
<br />
<b>Saiba mais sobre a vida e obra da poeta Rita Santana, em:</b><br />
[<a href="http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/404-rita-santana" target="_blank">www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/404-rita-santana</a>]<br />
[<a href="http://www.letras.ufmg.br/literafro/resenhas/poesia/116-rita-santana-alforrias" target="_blank">www.letras.ufmg.br/literafro/resenhas/poesia/116-rita-santana-alforrias</a>]<br />
<br />
AMÁSIA<br />
Vem, homem, ofereço-te fibras duras<br />
Da doida serpente que me guarda.<br />
De paz sei pouco, dinamito em gritos.<br />
Trago silêncios vazios que adornam as mulheres.<br />
Se quiseres, beijo teu falo, e me ponho a falar<br />
Das coisas que aprendi entre as pedras do rio.<br />
Aproveita o calendário, a oferta das horas,<br />
Diz-me adorar meus seios flácidos, minha embriaguez de puta.<br />
Lambe com disputa asceta os meus meios, meus fundos.<br />
Deixa banhar de olhos os pêlos, a jactância têxtil,<br />
Os arroubos de gado livre.<br />
Faço-me de mulher boa, apascentada e morna.<br />
Banho-te, filho advindo das trevas, na cisterna,<br />
No poço fundo e frio dos meus mistérios.<br />
Aqueço teus ossos com minhas carnes cativas<br />
Ao que em ti é arrefecido.<br />
Prometo, eu Amásia, amaciar o teu sono,<br />
Enganar tua vaidade viril,<br />
Avaliar sem critérios teu caráter de macho.<br />
Depois, deixa a luz acesa e corre.<br />
Ergo-me, esquecida de tantos deuses vingativos,<br />
E abro a caixa de Pandora.<br />
<div class="western" style="background-color: #ffebf2; border: 0px; color: #333333; font-family: verdana, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: "calibri" , sans-serif; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: small; font-style: inherit; font-weight: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></div>
Poema integrante do livro Tratado das Veias (Fundação Cultural do Estado da Bahia, 2006)<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2cNUsM9KVZPlNGHGS4q2leMBmApGh8WabY1TZvDWEXUgAocffAwvPbPXhuRJpphllvRq-NGzDBB3Zj9D6Fnr4OsoeCoMA0yfPBEcyJyvV7THJZpTom8Xp31zOWN0MVsfr7_FXzBUpziU/s1600/Rita+Santana-02.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="Alforrias" border="0" data-original-height="626" data-original-width="356" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2cNUsM9KVZPlNGHGS4q2leMBmApGh8WabY1TZvDWEXUgAocffAwvPbPXhuRJpphllvRq-NGzDBB3Zj9D6Fnr4OsoeCoMA0yfPBEcyJyvV7THJZpTom8Xp31zOWN0MVsfr7_FXzBUpziU/s320/Rita+Santana-02.png" title="Rita Santana Poesia" width="181" /></a></div>
<img alt="Tratado das Veias" src="https://lirioalmeida.files.wordpress.com/2015/08/tratado_das_veias.jpg?w=183&h=254" title="Rita Santana" /><br />
<br />
<b>Leia outros poemas da autora integrantes do livro "Alforrias", acessando:</b><br />
[<a href="http://www.uesc.br/editora/livrosdigitais2015/alforrias.pdf" target="_blank">http://www.uesc.br/editora/livrosdigitais2015/alforrias.pdf</a>]<br />
<div>
<br />
<br /></div>
Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal - BA, 48400-000, Brasil-10.783171 -38.527030500000023-11.282345999999999 -39.172477500000021 -10.283996 -37.881583500000026tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-40853597231294005402023-11-11T14:09:00.000-03:002023-11-11T14:09:40.266-03:00Falo de mulher - Ivana Arruda Leite<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhdCf7Wa3-QIE-N8T902NblgRGllmsskP1olyKIete7XpwFcePkWsljtZTQjNg0Ec0WRxU087FaTjMTl6PwBGeg6qO4QlLQe_gV2cal2Bb1wGQuA8My4DcgmcatdtZfyx2Og84yK-8IeU/s1600/Falo+de+mulher.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Ivana Arruda Leite" border="0" data-original-height="500" data-original-width="296" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhdCf7Wa3-QIE-N8T902NblgRGllmsskP1olyKIete7XpwFcePkWsljtZTQjNg0Ec0WRxU087FaTjMTl6PwBGeg6qO4QlLQe_gV2cal2Bb1wGQuA8My4DcgmcatdtZfyx2Og84yK-8IeU/s200/Falo+de+mulher.jpg" title="Falo de Mulher" width="118" /></a></div>
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Longe dos estereótipos femininos, as personagens desse livro de contos de Ivana Arruda Leite são mulheres que articulam seus planos na cozinha, à beira do fogão, em frente à televisão. “Eu e a Marieta Severo não temos tempo pra solidão. Ela foi casada com Chico Buarque, eu com João Teodoro” (p. 81). Em vez de sair gritando por aí, preferem sovar o marido na tábua de bifes. Vivem se metendo em amores que nunca dão certo, mas não desistem. O humor (patético, negro) está presente em todas elas. Podem até se fazer de coitadinhas, mas “abriu a bolsa, apanhou a agenda e anotou o único compromisso para o próximo fim de semana: ser feliz” (p. 83).</div>
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São mulheres divididas entre a pós-modernidade “o que me irrita nestes rapazes com quem tenho transado é a mania de querer conversar depois do sexo” (p. 31) e a tradição, “Seu sonho era casar-se como Lady Di, Grace Kelly ou Jaqueline Onassis” (p. 77). Ivana expõe o dilema de se ter um pé em cada margem do rio.<br />
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<b>Leia alguns contos do livro, acessando: </b><br />
<b>[</b><a href="https://www.amazon.com.br/Falo-Mulher-Ivana-Arruda-Leite-ebook/dp/B07C6J31TB/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&keywords=falo+de+mulher&qid=1579616673&s=digital-text&sr=1-1" target="_blank">https://www.amazon.com.br/Falo-Mulher-Ivana-Arruda-Leite-ebook</a><b>]</b></div>
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<span style="color: #656565; font-family: "roboto" , serif; font-size: 16px;">Nascida em Araçatuba-SP, Ivana Arruda Leite é contista, romancista e socióloga. Ainda menina, muda-se para São Paulo, e em 1971, ingressa na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, mas deixa o curso em 1975, sem concluí-lo. Em 1985, estuda ciências sociais na USP, gradua-se, faz mestrado e passa a trabalhar como socióloga concursada na Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de São Paulo. Publica seu primeiro livro de contos em 1997, </span><em style="box-sizing: border-box; color: #656565; font-family: Roboto, serif; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px;">Histórias da Mulher do Fim do Século</em><span style="color: #656565; font-family: "roboto" , serif; font-size: 16px;">, seguido de </span><em style="box-sizing: border-box; color: #656565; font-family: Roboto, serif; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px;">Falo de Mulher</em><span style="color: #656565; font-family: "roboto" , serif; font-size: 16px;">, em 2002. No ano seguinte, faz uma incursão na literatura destinada ao público juvenil, com o lançamento do livro </span><em style="box-sizing: border-box; color: #656565; font-family: Roboto, serif; font-size: 16px; margin: 0px; padding: 0px;">Confidencial - Anotações Secretas de uma Adolescente</em><span style="color: #656565; font-family: "roboto" , serif; font-size: 16px;">. A partir de 2004, lança uma série de adaptações de clássicos universais.</span></div>
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<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/MbEqFp1n_ZI" width="100%"></iframe><br />
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<b>Saiba mais sobre a obra de Ivana Arruda Leite, acessando:</b><br />
<b>[</b><a href="https://www.itaucultural.org.br/ivana-arruda-leite-escritores-leitores">https://www.itaucultural.org.br/ivana-arruda-leite-escritores-leitores</a><b>]</b><br />
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A escritora e mestra em sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) Ivana Arruda Leite revela o processo de criação de seus personagens e lê contos de seus principais livros. É autora de obras como Falo de Mulher e Ao Homem Que Não Me Quis:</div>
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<b><iframe allowfullscreen="" height="90" mozallowfullscreen="" msallowfullscreen="" nbsp="" oallowfullscreen="" scrolling="no" src="//html5-player.libsyn.com/embed/episode/id/12354356/height/90/theme/custom/thumbnail/yes/direction/backward/render-playlist/no/custom-color/87A93A/" style="border: none;" webkitallowfullscreen="" width="100%"></iframe></b><br />
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Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com1Ribeira do Pombal - BA, 48400-000, Brasil-10.783171 -38.527030500000023-11.282345999999999 -39.172477500000021 -10.283996 -37.881583500000026tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-25761301647462838672023-08-10T18:36:00.000-03:002023-08-10T18:36:57.936-03:00A Era dos Grandes Equívocos - Elomar Figueira Mello<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikJSrbU2loxK0yDBuOYUsL5m1z48sv1M1MPtT_YhfRKBoCFQ6f0cANvCm4BK9ljhEtRU0T8EQoRnYxQd6uy0s8xrD5C7yd9Vzy0eoFx7pa_Rz2KyshL9NcOYSrXbE7tmvN0jSzUF3wWCA/s1600/era_+dos+grandes_equivocos_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikJSrbU2loxK0yDBuOYUsL5m1z48sv1M1MPtT_YhfRKBoCFQ6f0cANvCm4BK9ljhEtRU0T8EQoRnYxQd6uy0s8xrD5C7yd9Vzy0eoFx7pa_Rz2KyshL9NcOYSrXbE7tmvN0jSzUF3wWCA/s400/era_+dos+grandes_equivocos_2.jpg" width="400" /></a></div>
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Ao longo das suas 320 páginas, Elomar fala sobre assuntos polêmicos do século 20, como a falta de exatidão da matemática, a não lógica Aristotélica, a razão para estudar e a ideia de que caminhamos rumo às trevas - em processo de involução. Para isso, o escritor criou um gênero literário, o mão-de-prosa.</div>
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É como um ensaio, porém ambientado numa ficção, refletindo através do olhar de quatro personagens: um antropólogo, um poeta, um intelectual engajado e um andarilho. Em síntese, são questões do próprio Elomar. "Um livro para quem quer conhecer e entender o pensamento elomariano", definiu a produtora do compositor e coordenadora editorial da obra, Rossane Nascimento. "Elomar quer dividir com os seus admiradores aquilo que ele acredita", completa.</div>
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A obra começou a ser pensada após a reunião de velhos rascunhos de Elomar a escritos mais recentes. Passou a tomar corpo a partir de 2004, concluída cerca de oito anos depois. De lá até o lançamento, vinha sendo revisada e novos trechos inseridos. "A produção foi um trabalho muito árduo. Nós imaginávamos que seria rápido, houve conversas com grandes editores, mas sempre tinha uma coisa que segurava o livro na gaveta", declara Rossane Nascimento.</div>
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Ao mesmo tempo em que é polêmica, a trama também é "cercada por uma aura poética no uso de metáforas que tecem belas imagens", diz o texto da contracapa. "Elomar usa muito o dialeto, o vernáculo e o hipérbato e ainda é um neologista, cria muitas palavras", acrescenta a revisora. "Se trata de uma obra muito densa, que contraria toda uma série de conceitos e conhecimentos", resume.</div>
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<b>Para ler o texto integralmente, acesse:</b></div>
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[<a href="http://atarde.uol.com.br/cultura/noticias/1760672-elomar-lanca-livro-a-era-dos-grandes-equivocos-premium" target="_blank"><b>atarde.uol.com.br/cultura/-elomar-a-era-dos-grandes-equivocos-premium</b></a>]</div>
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“<b>A Era dos Grandes Equívocos</b>” de Elomar F. Mello cria um ambiente ficcional para tratar de assuntos polêmicos que envolveram decididamente os rumos que tomou o Séc. XX. Um livro que marca a produção literária desse escritor, uma obra que inaugura uma nova fase no gênero “mão-de-prosa”, não apenas no campo da estilística, como também no campo das ideias.</div>
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<b>Para adquirir o livro e outras obras de Elomar, acesse:</b></div>
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[<a href="http://www.rossanecomunicacao.com.br/locanda/loja.html" target="_blank"><b>www.rossanecomunicacao.com.br/locanda/loja.html</b></a>]<br />
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<b>Para saber mais sobre a obra de Elomar, acesse:</b><br />
[<a href="http://www.elomar.com.br/" target="_blank"><b>www.elomar.com.br</b></a>]<br />
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<b>Vídeos sobre a vida e obra de Elomar Figueira Mello:</b><br />
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A linguagem e o sertão permeiam todo o universo de Elomar – de suas composições à literatura. Amigo de Elomar e pesquisador da Fundação Casa dos Carneiros, Gilson Bonfim apresenta os sertões e comenta como o músico incorpora na sua obra tanto a linguagem normativa quanto a coloquial. João Omar, maestro, músico e filho de Elomar, conta o que é o sertão para seu pai e a importância de sua obra como um tesouro que guarda o dileto catingueiro – fala dos sertanejos reproduzida e batizada de “sertanezo” por Elomar.</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/hGZYKM7dJWM" width="100%"></iframe><br />
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Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal, Ribeira do Pombal - BA, Brasil-10.8364886 -38.543965100000037-10.8988711 -38.624646100000035 -10.7741061 -38.463284100000038tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-40691685041156229972023-04-24T23:04:00.005-03:002023-05-17T16:17:45.144-03:00Um guia para o "Ulisses" - Clássico de vanguarda de James Joyce <div style="text-align: justify;">
“Mais que a obra de um único homem, o ‘Ulisses’ parece o trabalho de muitas gerações” - <span style="text-align: right;"><b><b>Jorge Luis Borges</b></b></span></div>
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<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "vejaserif" , "georgia" , "times new roman" , "times" , serif; font-size: 18px; line-height: 30px; text-align: start;">"Q</span>uando, após anos de relutância, finalmente li “Ulisses” (no original), fiquei surpreso de descobrir que o livro é – nem sempre e não só, mas certamente também – apaixonante, sensual, engraçado, cheio de efeitos sonoros, cromáticos e olfativos de um certo dia em Dublin, tudo plasmado em frases de musicalidade irresistível". </div>
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<b>Por Sérgio Rodrigues, em</b> [<a href="https://todoprosa.com.br/chegou-a-hora-de-ler-ulisses-talvez-mas-sem-estresse/" target="_blank"><b>Chegou a hora de ler ‘Ulisses’? Talvez, mas sem estresse</b></a>]</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3rs-uX0xrLfJs6MRYk6TiYj28KPFwAP66WaNVyoOXoHeh9Uosttij5FnYFEtdH7E-lhF8HCRywaumuL5A_4_mbHyXvEpnrUT_g0RM0F49c5RQ8jkZ-Q9bgOpDDS2Lbjktf_30IJq6qck/s1600/James+Joyce-01.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: right;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3rs-uX0xrLfJs6MRYk6TiYj28KPFwAP66WaNVyoOXoHeh9Uosttij5FnYFEtdH7E-lhF8HCRywaumuL5A_4_mbHyXvEpnrUT_g0RM0F49c5RQ8jkZ-Q9bgOpDDS2Lbjktf_30IJq6qck/s1600/James+Joyce-01.jpg" /></a></div>
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<span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Esta nona edição (<b>edição esgotada, encontrada apenas em sebos</b>) da série</span><strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> <a href="http://www2.uol.com.br/entrelivros/" target="_blank">EntreClássicos</a></strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">, agora dedicada ao escritor irlandês </span><strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">James Joyce</strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">, é um verdadeiro guia de viagem pela obra de um dos mais complexos autores do século XX. Por meio de um guia de localização e de um roteiro de leitura, a edição conduz o leitor, capítulo por capítulo, pelo labirinto literário do clássico </span><em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"><b>Ulisses</b>,</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> ajudando-o a descobrir o tesouro linguístico que se esconde nas páginas de Joyce. A edição também apresenta a produção menos conhecida de Joyce, como suas poesias e até uma peça de teatro. Por fim, o processo criativo do autor é analisado, em artigos assinados por especialistas no tema. </span></div>
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<br style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;" />
<strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">SUMÁRIO<br /><br />Vida e Obra<br /><br />Um certo rapaz de Dublin </strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">A determinação artística de James Joyce em ser escritor o fez superar percalços financeiros e deu ao mundo a obre literária mais revolucionária do século XX </span><br />
<em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Por Carlos Eduardo Ortolán Miranda</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<br style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;" />
<strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Narrativas e Poesia<br /><br />Um idioma para a vida moderna </strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Em Dublinenses, Joyce mergulha no ambiente de uma cidade e, a partir das narrativas de protagonistas de diversas idades, dá forma a um mosaico que reflete a essência de seus conterrâneos – e de si mesmo. </span><br />
<em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Por Iuri Pereira</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<br style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;" />
<strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Individualidade contra religião</strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Em seu romance autobiográfico </span><em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">O retrato do artista quando jovem</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">, Joyce recria seu trajeto de criança dominada pelos dogmas católicos até o artista de intelecto livre e independente. </span><br />
<em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Por Rodrigo Lacerda</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<br style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;" />
<strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">A intimidade de um deus paralelo</strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Ode ao amor insatisfeito de um professor maduro por uma bela aluna, Giacomo Joyce humaniza, com ternura, o início do processo de criação da linguagem joyceana. </span><br />
<em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Por Ana Lima Cecílio</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<br style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;" />
<strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">O exílio num trapézio e a dramaturgia de Joyce</strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Em exilados, única peça de Joyce, os personagens são desenhados pelo desencontro entre si, e por uma espécie de estratégia que os impulsiona e retém, configurando um verdadeiro jogo de gato e rato. </span><br />
<em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Por Julio de Sanctis</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<br style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;" />
<strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Um guia para o Ulisses de James Joyce </strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">A seguir, passo a passo, um precioso roteiro de leitura para a obra-prima da literatura modernista. Nunca a riqueza de sua linguagem e a força de sua trama ficaram tão acessíveis ao leitor comum. </span><br />
<em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Por Ricardo Lísias</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<br style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;" />
<strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">O outro longo percurso de Ulisses</strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">De como a perigosa mistura entre crença absoluta num autor e total inexperiência como editora fez com que Sylvia Beach, uma livreira de Paris, viesse a publicar uma das obras mais importantes da história da literatura. </span><br />
<em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Por Ana Lima Cecílio</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<br style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;" />
<strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">O livro sobre o mundo inteiro</strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">A aventura de Finnegan’s wake resultou num livro que permanece a espera de decifração, mas é fonte inesgotável de especulação para os curiosos, divertimento para os interessados, intrigas para os críticos e muita literatura para todos os leitores. </span><br />
<em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Por Carlos Eduardo Ortolán Miranda </em><br />
<strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">A Dublin de Ulisses<br /><br />O imenso débito da coisa feita</strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Em Música da câmara, Joyce vence a batalha contra o sentimentalismo, construindo uma arte impessoal que, décadas após a morte do escritor, mantém sua vitalidade. </span><br />
<em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Por Alípio Correia de Franca Neto</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<br style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;" />
<strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Um grito, uma cadência, um estado de espírito</strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Com ironia e lirismo, Joyce constrói Pomas, um tostão cada, seu segundo livro de poemas, que fala de ciúme, perda e da angústia do envelhecimento e da morte. </span><br />
<em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Por Alípio Correia de Franca Neto</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<br style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;" />
<strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Textos Críticos<br /><br />James Joyce e seu “clássico de vanguarda”</strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Juntamente com Proust e Kafka, o escritor irlandês revoluciona a arte do romance, ao recriar literariamente a complexa, contraditória e agônica experiência humana do início do século XX. </span><br />
<em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Por Carlos Eduardo Ortolán Miranda</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<br style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;" />
<strong style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Fome de ordem</strong><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span><br />
<span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Contrariando a ideia de controle absoluto do processo de composição, o principal mérito de Joyce foi dar cada vez mais liberdade a suas obras. </span><br />
<em style="font-family: Tahoma, Verdana, sans-serif; font-size: 12px; text-align: -webkit-left;">Por Fabio Akcelrud Durão</em><span face=""tahoma" , "verdana" , sans-serif" style="font-size: 12px; text-align: -webkit-left;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A professora de literatura irlandesa Munira Hamud Mutran, do Departamento de Letras Modernas na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da USP, fala sobre a obra Ulisses, de James Joyce.</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/JJqEraH1g_s" width="100%"></iframe><br />
<br />Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal, Ribeira do Pombal - BA, Brasil-10.8364886 -38.543965100000037-10.8988711 -38.624646100000035 -10.7741061 -38.463284100000038tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-50630359455334867492022-08-11T22:13:00.000-03:002022-08-11T22:13:39.742-03:00O erotismo romântico, refinado, obsceno e até bizarro de "50 versões de amor e prazer"<div style="text-align: justify;">
Esta Coletânea de 50 histórias eróticas vem revelar que erotismo e qualidade literária podem andar juntos. Ao reunir 13 autoras brasileiras de alto nível – algumas delas já veteranas, como Márcia Denser e Cecília Prada, e outras, como Luísa Geisler, de 21 anos, extremamente jovens – esta coletânea fascina por unir esses dois atributos: histórias de altíssima voltagem erótica e plena qualidade artística.</div>
<div style="text-align: justify;">
O erotismo que vemos aqui é ora romântico, refinado, implícito, ora obsceno, pervertido, explícito e até bizarro. Reflete de algum modo, e criticamente, nos momentos mais crus, a cultura da pornografia, a indústria do sexo e seus incontáveis produtos.<br />
As autoras são: Állex Leilla, Ana Ferreira, Ana Miranda, Ana Paula Maia, Andréa del Fuego, Cecília Prada, Juliana Frank, Heloisa Seixas, Leila Guenther, Luísa Geisler, Márcia Denser, Marilia Arnaud e Tércia Montenegro.</div>
<div style="text-align: justify;">
50 Versões de Amor e Prazer - 50 contos eróticos por 13 autoras brasileiras, organizado por Rinaldo de Fernandes.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf13mWmX7xZ0QtxXJ23A_KxxNQ-Tou6lAiKCbdxJooByVPmpomQQMPGdZJcbXEiHSFProEP3InhNSogOxA97JIBH2yPG18-75vVe32-mA46f3qdi3u8xwxupgkHhI7Spk2_lO300ptq3A/s1600/53+Vers%25C3%25B5es.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjf13mWmX7xZ0QtxXJ23A_KxxNQ-Tou6lAiKCbdxJooByVPmpomQQMPGdZJcbXEiHSFProEP3InhNSogOxA97JIBH2yPG18-75vVe32-mA46f3qdi3u8xwxupgkHhI7Spk2_lO300ptq3A/s320/53+Vers%25C3%25B5es.jpg" width="217" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
'<b>Hot dog</b>', de Állex Leilla, flagra uma mulher no trânsito que de repente se depara com um 'ex-amigo' - e aí lhe ocorrem imagens intensas, de instantes que ela passou com o rapaz; a mulher revive ao volante cenas de sexo bizarro. '<b>Enquanto seu lobo não vem</b>', de Ana Ferreira, é escrito em forma de carta da mulher para o marido pedófilo. '<b>A sesta</b>', de Ana Miranda, é um conto que pretende ativar o apetite do leitor ao associar os campos semânticos do sexo e do paladar. '<b>Perversão</b>', de Ana Paula Maia, é a história de um homem casado cujo prazer erótico está em seduzir outras mulheres e dispensá-las após um jantar romântico, deixando-as arrasadas. Em '<b>O amante de mamãe</b>', de Andréa del Fuego, a mãe e o pai, as aparências preservadas, optam pela traição; a filha almeja um amante como o da mãe. Cecilia Prada, em '<b>Insólita flor do sexo</b>' relata as descobertas de uma menina de 13 anos num colégio de freiras.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Luísa Geisler tem apenas 21 anos
e é uma das mais recentes revelações da literatura brasileira. “<b>Penugem</b>”, com
um narrador-personagem astuto, aparentando não ser o que de fato é (um
pedófilo, 'espectador' de sua própria filha), é um conto estupendo. As
protagonistas de Márcia Denser – que nos surpreendeu com sua vibrante
literatura nos anos 70 – são irônicas, liberadas, permissivas – uma das
melhores cenas de sexo de nossa literatura é a do desfecho de “<b>O animal dos
motéis</b>”.<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
Marilia Arnaud é uma contista impiedosa – o premiado '<b>Senhorita Bruna</b>' é sobre ciúme e vingança (traz uma frenética cena de masturbação), dentre outros contos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal - BA, Brasil-10.8364886 -38.543965100000037-10.8988711 -38.624646100000035 -10.7741061 -38.463284100000038tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-3188152758734603962022-05-24T14:15:00.000-03:002022-05-24T14:15:12.811-03:00Dessemelhanças femininas e o lado delirante da noite (Conto integrante do meu livro Parabólicas e Mandacarus)<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiqrCPiwZlWVhXwgsB2gZbEPSsXOzEl__dUwKXxFQ5MzMBiiemt40GVmHlAengCA0SiQuNA9QoVGFQqTqcL7-CNe3FAiGmGAQBhh-U3OYUW73T_aVXYAtjzCyu7DWXOhUSAQZnJEQ2rNxoOV54suQB37h1PcGB9AaT9ez0KzvlvCPtctMbpCfywUCip=s773" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="773" data-original-width="630" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiqrCPiwZlWVhXwgsB2gZbEPSsXOzEl__dUwKXxFQ5MzMBiiemt40GVmHlAengCA0SiQuNA9QoVGFQqTqcL7-CNe3FAiGmGAQBhh-U3OYUW73T_aVXYAtjzCyu7DWXOhUSAQZnJEQ2rNxoOV54suQB37h1PcGB9AaT9ez0KzvlvCPtctMbpCfywUCip=s320" width="261" /></a></div><div style="text-align: justify;"> Todo sábado às oito da noite vou à região portuária, zona boêmia da cidade, ocupo lugar na mesa oito do bar do Bira, bebo cervejas igual a um bávaro e lá findo a noite para me aprazer com mulheres ou, em ocasiões especiais, com um homem. A ritualística de minhas noitadas começa quando chego ao bar e bordel do Bira e dialogo intimamente: quem fará com que a vontade luxuriosa dos deuses da noite se cumpra?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="layout-grid-mode: line; mso-bidi-font-weight: bold;">Será a balzaquiana? —
cujo rosto já denota certa materialidade do tempo; com seus olhos azul-topázio,
de gestos mansos, meiga e manhosa; de pele alvinha e sem manchas, mamilos
cor-de-rosa, fera selvagem quando está comigo na cama; assemelha-se demais aos
felinos com sua sexualidade agressiva e seu caminhar sigiloso de gata vadia. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="layout-grid-mode: line; mso-bidi-font-weight: bold;">Ou será aquela com
avidez de ventre capaz de saciar uma cidade inteira? — fêmea sempre no cio; de
andar bamboleante, irrequieta nos quadris e na alma; muito chegada a forró e
samba de roda; encantam-me o rebolado e suas curvas negras e carnudas;
enlouquece quando escuta: “quero morrer numa batucada de bamba, na cadência
bonita do samba”, seu corpo se contorce com requebros que me deixam em
descontrole apalpando, acariciando, beijando, gozando em sua carne íntima
suada; e aí ela fala, ela canta, ela grita, ela fode, ela goza rebolando a
bunda de negra modal e eu sinto na pele o volume macio de seus seios e de seu
corpo inteiro nu em descanso.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="layout-grid-mode: line; mso-bidi-font-weight: bold;">Será a ninfeta à
Nabokov? — o pomo do desejo ainda em penugem; em público casta, ensimesmada; em
privado consegue dissimular muito bem o contrário daquilo que aparenta; de
palavra depravada, <a name="_Hlk45454368">mãos exímias de dedos sábios e
errantes adentrando meu corpo atrás, na frente, em cima, embaixo, entre, </a>dedos
que não brocham; exímia mais ainda com a boca, esse órgão que serve à vida, ao
verbo e ao sexo; tem um jeito especial de me beijar o sexo que deixa o mundo
rodando, e tudo vai ficando solto, convulso, desconexo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="layout-grid-mode: line; mso-bidi-font-weight: bold;">Ou será aquele rapaz
obsceno com seu falo libidinoso, sua vitalidade anárquica e sua força compulsiva
para a devassidão?</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="layout-grid-mode: line; mso-bidi-font-weight: bold;">As três sempre chegam
juntas e, com discreta elegância, sentam numa mesa circular formando entre si
um triângulo equilátero; noite dessa, ouvi um fragmento de conversa íntima das
três; a primeira, com olhar fixo na terceira: esse amor convencional vivido por
você que levou ao casamento, filhos e ao tédio é decadente, subdesenvolvido; a
segunda completou: meu amor, a vida para ser plena precisa ser múltipla, multifacetada;
a terceira encarando ambas: vocês fazem ideia do quanto sofri de agressões
físicas e psicológicas que só tiveram fim quando ele foi embora ao descobrir
que eu nutria vida extraconjugal com outras duas mulheres?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="layout-grid-mode: line;">Oito da manhã de domingo, deixo o bordel, <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">entro na igreja matriz, faço uma oração
reflexiva sobre a vida; beatas ajoelhadas adoram deuses nus esculpidos pelo
homem. Retorno </span>ao bar do Bira para a última rodada, tragar
inflorescências femininas de cânhamo ou uma viagem lisérgica. A vida do porto,
as ruas, a cidade ainda dormem, exceto a inquietude do bar do Bira, onde a
noite nunca tem fim. No interior do bar, olhos vermelhos vararam a madrugada,
não arredam, espreitam acesos os primeiros movimentos da manhã. Na mesa oito,
um malandro mediúnico se arrepia, capta minha presença torpe, sente meu perfume
de sândalo misturado com chope, odor delicado de boceta limpa em dia de mormaço
quente. Em transe místico, observo as outras mesas. Numa delas: adolescentes
andróginos, dândis, lésbicas e afins; noutra: Aretino, Sade, ninfetas
pervertidas e querubins; noutra: ianomâmis masturbam mulheres magras sedentas;
noutra: Safo de Lesbos lambe a vulva de uma virgem-prostituta santa e sinistra;
as visões libertinas recrudescem quando avisto um painel imaginário que recobre
a parede do fundo com a imagem de Jesus, Maria Madalena e os apóstolos numa
Santa Ceia profana.<span style="mso-bidi-font-weight: bold;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="layout-grid-mode: line;">Meca da boemia, nesta hora da manhã o bar do Bira
é puro delírio, covil da vadiagem que reúne uma horda de boêmios notívagos,
intelectuais, artistas, navegantes e um gato vadio que, quando me vê, se
espreguiça para receber afeto; acolhe músicos e cantores dos cabarés, gente da
polícia, padres e pastores à paisana; aloja ladinos, loucos e exploradores de
mulheres; mistura vendedores de haxixe e uma leva diversificada de malandros
insones e mulheres livres que zanzam batalhando na noite.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="layout-grid-mode: line; mso-bidi-font-weight: bold;">Bebo a oitava saideira,
saio com passos incertos, ando no leito de paralelepípedos cambaleando; não sei
se sou eu que observo a rua ou se é a rua que me olha; preso nessa espécie de
reticência do tempo, na minha mente reverberam versos de Zé Ramalho: “há meros
devaneios tolos a me torturar”, “e isso explica por que o sexo é assunto
popular”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-top: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="layout-grid-mode: line; mso-bidi-font-weight: bold;">Possuído pelo
imponderável das paixões mundanas, vagueio por mundos insondáveis, corto de
fininho o ramo hiperbólico que contorna o cais, sinto no rosto a brisa casta da
manhã e rumo para casa à espera de que o próximo sábado aconteça.</span></p>Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-25540094601835424122022-03-23T19:32:00.000-03:002022-03-23T19:32:15.970-03:00Da poeta ao inevitável - Maria Giulia Pinheiro<div>
<div style="text-align: justify;">
[...] Sua poética é definitivamente uma poética do corpo, desdobrado em um caleidoscópio imagético. Como bem coloca o professor Welington Andrade no prefácio, “é o exercício daquela escritura do corpo de que nos fala Roland Barthes”. “Uhum” apresenta um sistemático desmantelo da carne, posto em moção por um rito sexual antropófago, que tange os limites do incorpóreo, do indizível. Ao fim, só nos sobra o poder sugestivo das interjeições: “aham/ aham./ uhum.”</div>
<div style="text-align: justify;">
E o corpo revelado pela poeta é, constantemente, uma presença em transfiguração, afetada pela guerra sem quartel da metáfora. Assim, a voz humana que nos sopra impropérios líricos eventualmente se torna “cão”, mundana, ou até mesmo alguma das deusas do Olimpo, divina. Aliás, é na seção intitulada “Seis Deusas” que residem alguns de seus mais fortes textos, como “Per se” e “Afrodisíaca”.</div>
<div style="text-align: justify;">
Transitando pelos domínios do prosaico e do extraordinário, do sagrado e do profano, Maria Giulia constrói um livro substancial. Uma ressalva: a abundância de poemas, em sua maioria relativamente longos, subtrai aos textos mais interessantes um pouco de sua capacidade de ressonância. O volume é irregular, porém generoso, reservando-nos diversos momentos de sensibilidade e lirismo. Mais uma saborosa estreia promovida pela Patuá, que tem privilegiado os novos escritores. Fique atento aos próximos jorros cáusticos da poeta.<br />
<b>Para ler o texto completo, acesse:</b> [<a href="http://www.musarara.com.br/inevitavelmente-poeta" target="_blank"><b>www.musarara.com.br/inevitavelmente-poeta</b></a>]</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
<b>Para conhecer melhor os textos de Maria Giulia, acesse:</b> [<a href="http://oconvento.wordpress.com/" target="_blank"><b>oconvento.wordpress.com</b></a>]</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Autora do livros de poemas <b>Da Poeta ao Inevitável</b>, <b>Alteridade e Avessamento</b>, Maria Giulia Pinheiro estudou jornalismo, teatro e ciências sociais, mas trabalha como roteirista, diretora, dramaturga, produtora e atriz. Escreve poesias há quatro anos e se arrisca, nas horas vagas, a contos curtos. Formou-se na Cásper Líbero e no Teatro Escola Célia Helena e ainda cursa a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. É diretora e dramaturga do grupo de pesquisas teatrais Companhia e Fúria e coordena o Grupo de Pesquisas Artísticas de Pulsões Femininas. Acredita que existe uma batalha a ser travada no campo do imaginário: criar realidades de poder feminino e explorar arquétipos diferentes do herói guerreiro. Escreveu o manifesto Por um imaginário em que explora as contradições desta luta artística. </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b>
<b>Para ler outros poemas de Maria Giulia Pinheiro, acesse:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
[<a href="http://www.revistasauva.com.br/2015/07/poemas-de-maria-giulia-pinheiro.html" target="_blank">www.revistasauva.com.br/poemas-de-maria-giulia-pinheiro.html</a>]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #111111; font-family: "roboto" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; white-space: pre-wrap;"> Videopoema - Afrodisíaca</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/Z6kY0ajOyg0" width="100%"></iframe><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todos os namoradinhos que tive</div>
<div style="text-align: justify;">
matei de amores. </div>
<div style="text-align: justify;">
Depois, passei. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eles,</div>
<div style="text-align: justify;">
alucinados pela vertigem que produzi, </div>
<div style="text-align: justify;">
diante do vermelho abismo sexo,</div>
<div style="text-align: justify;">
vomitaram palavras de louvor</div>
<div style="text-align: justify;">
até acabar com tudo o que queimava dentro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eles,</div>
<div style="text-align: justify;">
insuportáveis resquícios do que foi o </div>
<div style="text-align: justify;">
furacão libidinal em </div>
<div style="text-align: justify;">
clara casca calma com que os destruí, </div>
<div style="text-align: justify;">
não me encaram, se me veem. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eles,</div>
<div style="text-align: justify;">
todos,</div>
<div style="text-align: justify;">
me trocaram por mulheres mais fáceis, </div>
<div style="text-align: justify;">
cabelos lisos e impecáveis, </div>
<div style="text-align: justify;">
frequentadoras assíduas da academia de ginástica. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando pensam em mim, </div>
<div style="text-align: justify;">
eles<br />
e elas, </div>
<div style="text-align: justify;">
têm tremeliques de medo e tesão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Só um </div>
<div style="text-align: justify;">
não me substituiu por uma mulher mais fácil:</div>
<div style="text-align: justify;">
namora um modelo de cuecas Armani </div>
<div style="text-align: justify;">
e vive bem. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Afrodisíaca foi publicado em "Da Poeta ao Inevitável", de Maria Giulia, em 2013, pela Editora Patuá, no caderno "Seis Deusas".</div>
<div>
</div>
Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal - BA, Brasil-10.8365146 -38.543924599999968-11.335689599999998 -39.189371599999966 -10.3373396 -37.898477599999971tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-25031112932426464152022-03-23T19:28:00.000-03:002022-03-23T19:28:45.809-03:00Antonio Candido - A crítica que revolucionou o ensino e o estudo da Literatura Brasileira<div style="text-align: justify;">
Um dos maiores intelectuais do país, o crítico Antonio Candido revolucionou o ensino e o estudo da literatura brasileira com uma obra atualíssima que acaba de ser relançada. O conjunto de sua produção acadêmica fez dele um destacado intelectual da cultura brasileira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/Xq-b8uYbDcA" width="100%"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fim dos anos 1930, Antonio Candido acabara de ingressar na faculdade de filosofia. Certa vez, de férias em Poços de Caldas-MG, onde fora criado, encantou-se tanto por Pauliceia Desvairada, de Mário de Andrade, que copiou o livro todo à mão.</div>
<div style="text-align: justify;">
Vinte anos depois, já dava aulas de sociologia na USP quando "passou as armas e as bagagens" para os estudos literários. Foi com o olho científico do método e o outro olho sensível do crítico que ergueria uma obra pedra angular para a compreensão de nossa literatura. João Cabral, Guimarães Rosa e Clarice Lispector tiveram suas primeiras obras reveladas por quem? Quem veio a público defender Drummond quando o acusaram de ser mero burocrata de GetúlioVargas?</div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar da justa etiqueta de "crítico sociológico" Candido sempre valorizou a autonomia estética e a multiplicidade integrativa das abordagens como forma de nunca reduzir as obras a meros documentos bibliográficos. Sua atuação como pensador tornou-se referencial importante para o pensamento democrático de esquerda, mas sua obra maior está nas gerações de críticos que funda a partir de seus livros e aulas, considerados clássicos balizadores de nossa formação.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por Marcílio Godoi,<a href="https://www.lojasegmento.com.br/edicoes_avulsas/?revista=linguaportuguesa" target="_blank"> <b>Revista Língua Portuguesa</b></a>, Edição-69.<br />
<br />
<b>Saiba mais sobre a obra de Antonio Candido, acessando:</b><br />
[<a href="http://homoliteratus.com/antonio-candido-apontamentos-da-formacao-e-da-tradicao-literaria-brasileira" target="_blank">homoliteratus.com/antonio-candido-apontamentos-da-formacao-e-da-tradicao-literaria-brasileira</a>]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal, BA, Brasil-10.8364886 -38.543965100000037-10.8988711 -38.624646100000035 -10.7741061 -38.463284100000038tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-37688357831991020062022-03-23T19:23:00.000-03:002022-03-23T19:23:41.498-03:00Henry & June - Relato intenso da intimidade e autobiografia sensual de Anaïs Nin<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1LowpJZDLAOpt9L0040z3VwxuQY9FEnAXxXiWG0xn7jYuri_CjSjx-Ty88CnF3V-0_fiPPg1TPUK4C76JUOoJgxHqOoZ0_pmS_VHeZ1FJdv6vOwsYR-8TzUnOAo06v9aEH9mDemoyKdk/s1600/henry_e_june.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1LowpJZDLAOpt9L0040z3VwxuQY9FEnAXxXiWG0xn7jYuri_CjSjx-Ty88CnF3V-0_fiPPg1TPUK4C76JUOoJgxHqOoZ0_pmS_VHeZ1FJdv6vOwsYR-8TzUnOAo06v9aEH9mDemoyKdk/s1600/henry_e_june.jpg" /></a></div>
Tirado dos diários de Anaïs Nin [1903-1977], Henry & June é um relato íntimo do florescer sexual da autora. Cobre um só ano – dos últimos meses de 1931 ao final de 1932 – da vida de Anaïs Nin em Paris, período em que ela conheceu o escritor americano Henry Miller e sua bela mulher, June. Anaïs Nin apaixonou-se pela beleza de June e pela escrita de Miller; logo iniciou com ele um affair que a libertou sexual e moralmente, minou o seu casamento e a levou à psicanálise.</div>
<div style="text-align: justify;">
Considerado por muitos o melhor livro de Anaïs Nin, Henry & June foi publicado na década de 1980, após a morte da autora. Não constou dos diários publicados em sete volumes a partir de 1969. Discute-se o quanto de ficção e fantasia ele contém – o que não tira em nada a força do texto de Anaïs; somente reforça a questão: não será a própria Anaïs a mulher misteriosa e complexa que a atraiu em June? Em 1990, o livro foi adaptado para o cinema, com Maria de Medeiros e Uma Thurman nos papéis de Anaïs e June.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b>
<b>Para ler um trecho, acesse:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
[<a href="http://www.lpm.com.br/livros/Imagens/henry_e_june.pdf" target="_blank"><b>www.lpm.com.br/livros/Imagens/henry_e_june.pdf</b></a>]</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b>
<b>Para saber mais sobre a obra e a autora, acesse:</b></div>
[<a href="http://www.lpm-editores.com.br/site/default.asp?Template=..%2Flivros%2Flayout_produto.asp&CategoriaID=607461&ID=800946#.U6dndY6guI0.blogger" target="_blank"><b>HENRY E JUNE - Anaïs Nin - L&PM Pocket</b></a>]<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Transposição da obra para o cinema:</b> Henry & June, filme estadunidense de 1990, do gênero drama erótico e biográfico, dirigido por Philip Kaufman é uma adaptação cinematográfica da obra Henry, June and me, de Anaïs Nin. O filme conta o início da relação de Henry Miller com Anaïs Nin. Henry vai viver na França e é convidado pelo marido de Anaïs a visitá-los. Anaïs, à procura de algo novo, mais espontâneo, apaixona-se pela vivacidade de Henry. Porém, Henry está apaixonado por June.</div>
<div style="text-align: justify;">
Anaïs, nutrindo admiração por Henry, começa a observá-lo, e apaixona-se pelo amor que ele tem por June. Essa paixão também a faz apaixonar-se por June. No meio desses sentimentos, inicia-se uma relação de Henry com Anaïs, transformando suas vidas, tanto de escritores como de amantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="//www.dailymotion.com/embed/video/xqzobv" width="100%"></iframe><br />
<br />Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com1Ribeira do Pombal, Ribeira do Pombal - BA, Brasil-10.8364886 -38.543965100000037-10.8988711 -38.624646100000035 -10.7741061 -38.463284100000038tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-37169562881334766162021-11-20T18:21:00.000-03:002021-11-20T18:21:40.495-03:00Os "Versos pornográficos" de Chico César<div>
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">
"<b>Sem erotismo, a vida não tem a menor graça</b>" <b><span style="font-size: x-small;">Chico César</span></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzgVKvpHuPTQpnYZLO3ObYNd_ON7nTTz_HKpEbluycgYkleD7FW7V0kUVrC2h152YoKBxhFhwlF5dgiLV-pTUY8QlbP48eGZ7nW_sWij3ZCwTnqDT9L1wZ3T2U2T7-9kLfrMGjlfNBrXM/s1600/Chico+C%25C3%25A9sar-02.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzgVKvpHuPTQpnYZLO3ObYNd_ON7nTTz_HKpEbluycgYkleD7FW7V0kUVrC2h152YoKBxhFhwlF5dgiLV-pTUY8QlbP48eGZ7nW_sWij3ZCwTnqDT9L1wZ3T2U2T7-9kLfrMGjlfNBrXM/s320/Chico+C%25C3%25A9sar-02.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; box-sizing: border-box; text-align: left; text-rendering: optimizelegibility;"><b style="text-align: justify;">Prefácio para o livro Versos pornográficos, de Chico César:</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
[...] Chico César abre o seu livro dirigindo-se a uma “Cara leitora”. Essa que, de tão múltipla, pode personificar-se em qualquer uma. Se pelo nome que nomeia cada indivíduo, o corpo pode ser roçado por palavras alheias, como se estas fossem o corpo de outro, o vocativo aí substituindo os nomes, faz de cada um o perfeito indistinto alvo da bolinagem. Na tensão em que a negação da exclusividade dá o tom do pornográfico, essa leitora inominada pode tornar-se a mulher exata a quem o poeta dirige sua língua e lápis.</div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de determinada a “Cara leitora”, expressão ironicamente retirada das antigas novelas folhetinescas dirigidas a damas de classe entediadas, Chico César constrói um texto cuja palavra, por ser pornográfica, escorre pela boca:</div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>com a palavra gozo na boca</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>deixou escorrê-la ao peito</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se fosse erótica, não seria “puta e pura poesia”. Porque neste livro, pornográfico é não só o conteúdo dos versos, mas também a própria matéria morfo-semântico-fonético-sintática da palavra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>recitar e excitar</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>até que esporraria</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>tudo em teus grandes lábios de veludo</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>depois ao cubo</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>ao cu iria</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A putaria é linguística (em todos os sentidos) e vai para além (ou para dentro) da leitora, evidenciando o quanto o próprio ato da fala é um ato fálico. Uma felação não estaria muito distante de um poema lido em voz baixa. Talvez por isso, a imagem da boca esteja tão presente no decorrer do volume. Esse órgão que serve tanto ao verbo quanto ao sexo. Deste jogo, no qual a matéria textual é carregada de volúpia em si mesma, surge um livro a ser escrito – imagem que Chico brilhantemente nos dá através das pernas abertas dessa mesma leitora, onde ele pode molhar “a língua e a linguagem”, para nos fazer concluir, afinal, que também todo verso é pornográfico.</div>
<div style="text-align: justify;">
Assim, ele dedica religiosamente, página a página, um caderno de orações sacanas a essa dama inominada do outro lado do livro, estimulada por uma sucessão de palavras volumosas, carnosas, úmidas e febris dirigidas ao seu ponto G, enquanto ela deve apenas deixar-se ler e ser escrita como parte do códice lascivo elaborado pelo autor entre suas coxas:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>quisera estar sob tua escrivaninha</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>lambendo entre tuas pernas</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>(...)</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>estar aí sem te dares conta</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>sem tua plena consciência nem consentimento</b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chico César, esse talentoso expoente da nossa música, adentra com virilidade e potência esse novo gênero que, a despeito da relativa juventude do termo, é mais velho que o Velho Testamento, com uma edição belamente ilustrada pela artista húngara Sári Szántó e com capa criada pelo connoisseur de tipografia italiano Mattia Moretti.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso, Cara Leitora, não se engane com o tamanho deste volume. Pequenos pacotes guardam enormes prazeres. E eu, alcoviteiro convidado a fazer as honrarias à iniciação do coito, desejo que a leitora penetre gentilmente nesses versos lúbricos - e cegamente. Ao ponto de não saber se penetra ou se é penetrada por eles.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: "Trebuchet MS"; font-size: small; margin-right: 30px;">
<b style="background-color: transparent;">Para ler o texto integralmente, acesse:</b></div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; box-sizing: border-box; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">
<span face=""oglobocondensed" , "arial" , sans-serif" style="line-height: 16px;">[</span><b><a href="http://www.marcioandre.com/textos_ensaios_chico_cesar.htm" target="_blank">www.marcioandre.com/textos_ensaios_chico_cesar.htm</a></b><span face=""oglobocondensed" , "arial" , sans-serif" style="line-height: 16px;">]</span></div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; box-sizing: border-box; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">
<span face=""oglobocondensed" , "arial" , sans-serif" style="line-height: 16px;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; box-sizing: border-box; text-align: justify; text-rendering: optimizelegibility;">
<b>Leia a seguir - “Casta” - poema integrante do livro:</b></div>
<i><b>“</b>em público casta</i><br />
<i>mas quando de mim<br />em privado se acosta<br />mulher de palavra<br />depravada<br />diz como se falasse ao espelho do que gosta<br />mais de frente<br />mas também de costas<br />diz que a saliva seca<br />e se faz molhada a cona<br />e piscante o rego<br />mamilos duros<br />que mesmo mamá-los<br />não lhes traz sossego<br />que o clitóris<br />grão grilo e grelo<br />salta ciciante entre a espuma dos lábios<br />e os dedos sábios<br />a socorrem sem medo<br />quando aí se acaricia<br />e a funda fenda inunda<br />como tempestade a raiar o dia<b>”</b></i><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/dOJQrdXXlbM" width="100%"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<b>Assista a outro vídeo correlato:</b> [<a href="https://youtu.be/3yMMgVjFDAw" target="_blank"><b>https://youtu.be/3yMMgVjFDAw</b></a>]<br />
<b><br /></b>
<b>Para saber mais sobre a obra literária de Chico César, acesse:</b><br />
[<a href="http://chicocesar.com.br/index.php/livros" target="_blank"><b>chicocesar.com.br/index.php/livros</b></a>]</div>
Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal, Ribeira do Pombal - BA, Brasil-10.8364886 -38.543965100000037-10.8988711 -38.624646100000035 -10.7741061 -38.463284100000038tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-2165330590675941372021-10-07T13:15:00.002-03:002021-10-07T13:39:14.143-03:00A Ficção Poética de Micheliny Verunschk<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSFmLRh8Bn-1xvpsTzE30VK54pF-16nfoj5zxrq3r_5Sx8uiAP3ef6udkmvT9PZaxOIcy0BFPeq4nRhhXzLTUCQPirBhXar-OFy_KVFRjVPLno1DQqEkjV8A9LHWocSInfucaxHUxZbSU/s1600/micheliny-1.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSFmLRh8Bn-1xvpsTzE30VK54pF-16nfoj5zxrq3r_5Sx8uiAP3ef6udkmvT9PZaxOIcy0BFPeq4nRhhXzLTUCQPirBhXar-OFy_KVFRjVPLno1DQqEkjV8A9LHWocSInfucaxHUxZbSU/s1600/micheliny-1.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">"A poesia para mim é a forma mais eficaz de alcançar algo inatingível, a essência do real ou, antes, o real em essência. É também o único modo pelo qual posso enxergar o mundo. Ela está um degrau acima da filosofia e um degrau abaixo do amor." - Micheliny Verunschk, entrevista blog: [<a href="http://sambaquis.blogspot.com/2009/04/micheliny-verunschk-queima-roupa.html">Sambaquis</a>].</div><div style="text-align: justify;">[<a href="http://www.landy.com.br/livro.asp?codigo=10514">Landy Editora</a>], Coleção Alguidar, o livro de Micheliny Verunschk é obra inovadora e contundente. Bem entende Mário Hélio esta poesia quando diz: “a dor e o prazer estão enredados no mesmo labirinto, se aninham e se fincam na carne ... É emoção concentrada, decantada. Mas com sutis crueldades e poucas concessões ... A música deste livro só se ouve bem se se deixa fluir por todo o corpo”, é o que em poucas palavras essa poesia resume tal o poder de sua linguagem poderosamente expressiva e que, por isso, é capaz de congregar simultaneamente o encantamento, a alegria e o prazer próprios de uma poesia verdadeira. É assim que essa pernambucana, de Arcoverde, vai compondo essa bela Geografia Íntima do Deserto.</div><div><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este livro foi finalista ao Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira, tendo ficado entre os 10 primeiros títulos indicados.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Leia entrevista de Micheliny Verunschk ao [<a href="http://www.cronopios.com.br/site/artigos.asp?id=361" target="_blank"><strong>Portal Cronópios</strong></a>] e poesias da autora no Portal [<a href="http://www.jornaldepoesia.jor.br/geografias.pdf" target="_blank"><strong>Jornal de Poesia</strong></a>]</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Veja entrevistas da escritora e poeta ao programa [<a href="http://www.youtube.com/watch?v=NFXjZtfDiMk&feature=related" target="_blank"><strong>Encontros de Interrogação</strong></a>] promovido pelo Instituto Itaú Cultural em 2004, e no programa [<a href="http://www.youtube.com/watch?v=HU_K3sqIJjk&feature=player_embedded#!" target="_blank"><strong>Entrelinhas da TV Cultura</strong></a>], em 2009.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpSK9H23Wjz3jwmlpbgwTczsnt3iJr5DycarhFeGCD_JJdWdbPuiMzDp5g3pMIDpK6Dhvql-emnuulghyphenhyphenQaR48doTxR6dyD-cGr76ob2DxWMBKTG6QuR9h4CJXbr9fT9hl4X1VyPiJTXY/s1600/micheliny-3.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpSK9H23Wjz3jwmlpbgwTczsnt3iJr5DycarhFeGCD_JJdWdbPuiMzDp5g3pMIDpK6Dhvql-emnuulghyphenhyphenQaR48doTxR6dyD-cGr76ob2DxWMBKTG6QuR9h4CJXbr9fT9hl4X1VyPiJTXY/s1600/micheliny-3.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
A Cartografia da Noite, pela <a href="http://www.lummeeditor.com/">Lumme Editor</a>, faz parte de um projeto inicial que previa uma trilogia (da qual o Geografia íntima do deserto seria a primeira ponta). Não sei se desisti da trilogia, mas por enquanto ficamos com esse dueto, visto que o próximo livro de poemas (no qual trabalho agora) chama-se Outra arte e se afasta bastante desse projeto que engloba o Geografia e A cartografia. De resto, esses dois dialogam (desde o título, como se pode perceber) até um certo jogo de claro-escuro, de linguagem e de temática, afinal a noite e o deserto, em alguns momentos, podem ser compreendidos um como metáfora do outro. Alguns poemas que não couberam em Geografia acabaram por aparecer em A cartografia, enfim...</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<b>Saiba mais sobre a poética de Micheliny Verunschk em:</b><br /><b>Blog da autora:</b> <a href="http://ovelhapop.blogspot.com/2010/10/lancamento-de-cartografia-da-noite.html" target="_blank"><span style="color: black;">[</span><strong>Ovelha Pop</strong></a>]<div><br />
<div style="text-align: center;">
</div>
<br />
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/NFXjZtfDiMk" title="YouTube video player" width="100%"></iframe><div><br /></div><div><br /></div></div>Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Salvador - BA, República Federativa do Brasil-12.9703817 -38.512382-13.218028200000001 -38.835105500000004 -12.7227352 -38.1896585tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-89040354697924941962021-10-07T13:14:00.002-03:002021-10-07T13:14:45.024-03:00Densa melancolia, drama e poesia na prosa de Marcelino Freire<div style="text-align: justify;">
"Nossos ossos", primeiro romance do escritor, atualiza em chave moderna e melancólica o rito clássico do funeral. Diferentemente de seus trabalhos anteriores, em "Nossos ossos" Marcelino Freire deixa de lado as tiradas de humor e aposta na melancolia.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Com pouco mais de cem páginas, o escritor Marcelino Freire construiu um enredo de extrema singeleza e melancolia em sua primeira “prosa longa”, como ele a classificou. Em linhas gerais, trata-se da história narrada por Heleno, um dramaturgo que, vindo do Recife atrás do seu amor perdido, acaba ficando em São Paulo e obtendo algum sucesso na vida teatral, mas não suficiente para sarar, ou sanar, as dores do corpo, que são muitas. Essa é a história que vamos descobrindo por meio de sua narrativa, no entanto, a ação é centrada, de fato, no translado do corpo do seu “boy”, um jovem garoto de programa, no qual ele de alguma maneira se espelha e se encontra, e que morreu brutalmente assassinado numa dessas ruas escuras da cidade onde a prostituição se oferta. O êmbolo moral do personagem Heleno é restituir o corpo desse garoto, que seria lançado numa vala comum, aos pais, numa cidadezinha perdida do sertão pernambucano.</div>
<div style="text-align: justify;">
A beleza da narrativa de Freire parece residir justamente nesse translado: desde os preparativos do narrador, tirando toda a sua economia do banco, chamando seu taxista de afeição, seu Lourenço, para, com ele, fazer a longa viagem de carro de São Paulo a Pernambuco, até a entrega final e ritual do corpo.</div>
<div style="text-align: justify;">
[...]</div>
<div style="text-align: justify;">
Guardadas as devidas diferenças em relação ao mundo helênico, a morte do boy (cujo destino trágico, de coisa entre coisas descartáveis, já é anunciado na epígrafe do livro, retirada do domínio público: “O meu boi morreu,/ o que será de mim?/ Manda buscar outro,/ ó maninha, lá no Piauí”, cuja graça se torna desgraça, na releitura feita pelo escritor entre “boi” e “boy”) e a entrega de seu corpo ao velho pai carcomido pela pobreza, em Poço do Boi, recuperam a simbologia dos funerais.</div>
<div style="text-align: justify;">
Por Heitor Ferraz Mello, Revista Cult, em [<a href="http://revistacult.uol.com.br/home/2014/04/o-boy-helenico-de-marcelino-freire/" target="_blank"><b>O boy helênico de Marcelino Freire</b></a>]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na prosa poética de Marcelino Freire, uma fábula macabra sobre a proximidade entre amor e morte.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Marcelino Freire fala com Rodrigo Simon sobre seu primeiro romance, Nossos Ossos. Pernambucano de Sertânia, Marcelino vive em São Paulo desde 1991 e é autor de cinco livros de contos, entre eles Contos Negreiros, vencedor do Prêmio Jabuti 2006, e Angu de Sangue. Em 2004, idealizou e organizou a antologia de microcontos "Os cem menores contos brasileiros do século". É criador da Balada Literária, evento que, desde 2006, reúne escritores pelo bairro paulistano da Vila Madalena.<br />
<br /></div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/LcsJLQweCeI" width="100%"></iframe><br />
<br />
<br />
<br />
<b>Saiba mais sobre a obra de Marcelino Freire, acessando: </b><br />
[<a href="https://www.youtube.com/results?search_query=Marcelino+Freire" target="_blank">www.youtube.com/Marcelino+Freire</a>]<br />
<br />Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-85963375122717616412021-10-07T13:14:00.001-03:002021-10-07T13:14:26.177-03:00Algo de físico na linguagem poética de Ricardo Aleixo<div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="clear: left; float: left; font-size: xx-small; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="346" data-original-width="231" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHKMSwqp0gmJoftPoctIh1jWtoNVa_EwxAu1PVXsnVNgnGHWzWDD-EDdohLpnntEig0Cwbgu1EPf9aRNeTVYkm2R1QVrpSWqi8SWJm-5IK7gs7xQuCVY_2Swr4lIFVqE07ewVPCJR5UCg/w134-h200/Ricardo+Aleixo-01.jpg" width="134" /></span></div></div><div style="text-align: justify;">Ricardo Aleixo, mineiro de Belo Horizonte, é um de nossos principais poetas. Também é músico e artista plástico. Estreou em 1992, com <b>Festim</b>. Desde então publicou livros como <b>Impossível Como Nunca Ter Tido um Rosto</b>, <b>Modelos Vivos</b> e <b>Antiboi</b>. Como performer, já se apresentou na Europa e em várias cidades do Brasil. Tem uma seleção do melhor de sua poesia reunida pela <a href="https://todavialivros.com.br/autores/ricardo-aleixo" target="_blank"><b>Editora Todavia</b></a> na antologia <b>Pesado Demais para a Ventania</b>.</div><div style="text-align: justify;">O poeta, músico e artista plástico Ricardo Aleixo também evoca urgências políticas em seu <b>Antiboi</b>. Em seus 32 poemas, escritos entre 2013 e 2017, questiona a tradição do “país que usa seus bois como usa sua gente”, como escreve o poeta Ricardo Domeneck na orelha do livro. Muitos dos poemas, neste que é seu nono livro, foram publicados nas redes sociais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ricardo Aleixo não é um, mas vários. Há em sua obra, cuidadosamente trabalhada desde a estreia em livro nos anos 1990, uma mescla do melhor da poesia e das artes brasileiras dos séculos XX e XXI. Aleixo é lírico e profundo como os melhores poetas mineiros desde Drummond; é experimental como os concretistas; carismático na mistura de lirismo, depoimento pessoal e irreverência como Leminski; performático e interessado na música e no teatro; contundente na denúncia do racismo brasileiro como Mano Brown. Em todas essas facetas, o poeta mineiro demonstra engenho e arte para falar do amor, da família, da cultura afro-brasileira, das grandes cidades e da própria literatura. Um mestre contemporâneo, em suma.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div>Finalista do Prêmio Oceanos 2018 com <b>Antiboi</b>, Ricardo Aleixo associa de modo singular a experimentação formal e o sentido crítico em relação às questões sociais, em particular o racismo. Enquanto negro, faz a radicalidade estética extravasar do livro para performances em que corpo e identidade servem de suporte para questionamentos éticos tão afiados quanto sua poética.</div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/q5DkaBWceBg" width="100%" youtube-src-id="q5DkaBWceBg"></iframe></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><span><span style="background-color: white; color: #36394d; font-family: "Source Sans Pro"; text-align: start;">Assista à performance</span><em style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #36394d; font-family: "Source Sans Pro"; text-align: start;"> Fruto estranho</em><span style="background-color: white; color: #36394d; font-family: "Source Sans Pro"; text-align: start;">, de Ricardo Aleixo, no canal da Flip:</span></span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/We5PnoIFhv4" width="100%" youtube-src-id="We5PnoIFhv4"></iframe></div><p></p>Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-86832451039963458822021-10-07T13:14:00.000-03:002021-10-07T13:14:06.781-03:00Surrealismo e transgressão na obra poética de Roberto Piva<div>
<div style="text-align: justify;">
Roberto Piva, celebrado como uma das vozes mais originais da poesia paulistana, um dos maiores nomes da poesia contemporânea brasileira, é um poeta até hoje pouquíssimo lido e conhecido pelo público. Sua obra, com caráter ao mesmo tempo de manifesto e transgressão, concentra toda a violência de uma cidade como São Paulo, em uma estrutura de escrita alucinada pelas imagens fortes, pelo erotismo e pela potência quase sagrada e religiosa da experiência do corpo. Em Paranoia, é possível ver uma gama imensa de influências, desde Baudelaire, até mesmo o homem que anda pela cidade, passando pelo contato com a poesia de Mário de Andrade, pela geração beat e pela identificação com o espírito de anjo panfletário do caos de Jorge de Lima.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Roberto Piva frequentemente é classificado como um "poeta maldito" e, de fato, sua poesia evoca muitos poetas que são tradicionalmente considerados malditos, citando-os nominalmente grande parte das vezes. É o caso de Álvares de Azevedo, Antonin Artaud, Arthur Rimbaud, Marquês de Sade, Pier Paolo Pasolini, entre outros. Jorge de Lima também está presente na dicção de Piva, que dedicou a ele o poema "Jorge de Lima, panfletário do Caos", do livro Paranoia.</div>
<div style="text-align: justify;">
Há ainda a explícita influência de Murilo Mendes. Sobre ele, Piva diz em seus versos "mestre Murilo Mendes tua poesia são os sapatos de abóboras que eu calço nestes dias de verão". O ponto de ligação que há entre os dois é o tom surrealista que ambos assumem em seus poemas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim, já no contexto das escolas literárias, a obra de Piva evoca experiências do Romantismo, Simbolismo, Surrealismo e da Geração Beat. Figura ao lado de Claudio Willer e Sérgio Lima como um dos únicos poetas brasileiros resenhados pela revista francesa La Bréche - Action Surrealisté, dirigida por André Breton, em sua quinta edição, de fevereiro de 1965. Roberto Piva também é um grande leitor de literatura italiana, especialmente da obra de Dante Alighieri, que estudou com profundidade entre 1959 e 1961 num curso com o Edoardo Bizzarri, então Adido Cultural da Itália, no Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
De poetas canônicos, como Fernando Pessoa (Álvaro de Campos), Federico Garcia Lorca e Walt Whitman também recebeu influência. Embora, muitas vezes a sua poesia seja classificada como Poesia marginal, por ter sido incluído na antologia "26 Poetas Hoje", o poeta não teve experiências como as da chamada Geração mimeógrafo, utilizando meios "marginais" de divulgação.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em seus livros mais recentes, é grande a presença do xamanismo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Para saber mais sobre a vida e obra de Roberto Piva, acesse:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
- [<a href="https://www.itaucultural.org.br/roberto-piva-o-poeta-rebelde-completaria-80-anos-hoje" target="_blank">https://www.itaucultural.org.br/roberto-piva-o-poeta-rebelde</a>]</div>
<div style="text-align: justify;">
- [<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Piva" target="_blank">https://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Piva</a>]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/chBVvDjvbK0" width="100%"></iframe><br />
<br /></div>
Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal - BA, 48400-000, Brasil-10.783171 -38.5270305-11.282345999999999 -39.1724775 -10.283996 -37.881583500000005tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-81462902315974757442021-10-07T13:08:00.000-03:002021-10-07T13:08:59.907-03:00Entre a Filosofia e o Amor: A Poesia de Micheliny Verunschk<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCNMTXkI-Yu-RzGNmfdfFWf311qm567VqGf1i3O3MGol4PFvihXks1cUXzjVbGuN6JFHaQDWUTlMUMajdQ7G-irOKnO6-Q8EuWy5MYhnuBtzdU8cKDZhXD6csFh8teHuHL7PiadvBKFOQ/s1600/micheliny-1.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" sda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCNMTXkI-Yu-RzGNmfdfFWf311qm567VqGf1i3O3MGol4PFvihXks1cUXzjVbGuN6JFHaQDWUTlMUMajdQ7G-irOKnO6-Q8EuWy5MYhnuBtzdU8cKDZhXD6csFh8teHuHL7PiadvBKFOQ/s200/micheliny-1.jpg" width="107" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
"A poesia para mim é a forma mais eficaz de alcançar algo inatingível, a essência do real ou, antes, o real em essência. É também o único modo pelo qual posso enxergar o mundo. Ela está um degrau acima da filosofia e um degrau abaixo do amor."<strong> - </strong><strong>Micheliny Verunschk, entrevista no blog:</strong> <a href="http://sambaquis.blogspot.com/2009/04/micheliny-verunschk-queima-roupa.html" target="_blank"><strong>Sambaquis</strong></a>.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.landy.com.br/livro.asp?codigo=10514" target="_blank"><strong>Landy Editora</strong></a>, Coleção Alguidar, o livro de <em><strong>Micheliny Verunschk</strong></em> é obra inovadora e contundente. Bem entende Mário Hélio esta poesia quando diz: “<em><strong>a dor e o prazer estão enredados no mesmo labirinto, se aninham e se fincam na carne ... É emoção concentrada, decantada. Mas com sutis crueldades e poucas concessões ... A música deste livro só se ouve bem se se deixa fluir por todo o corpo</strong></em>”, é o que em poucas palavras essa poesia resume tal o poder de sua linguagem poderosamente expressiva e que, por isso, é capaz de congregar simultaneamente o encantamento, a alegria e o prazer próprios de uma poesia verdadeira. É assim que essa pernambucana, de Arcoverde, vai compondo essa bela <strong>Geografia Íntima do Deserto</strong>.
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Este livro foi finalista ao Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira, tendo ficado entre os 10 primeiros títulos indicados. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Leia entrevista de Micheliny ao [<a href="http://www.cronopios.com.br/site/artigos.asp?id=361" target="_blank"><strong>Portal Cronópios</strong></a>] e poesias da autora no [<a href="http://www.jornaldepoesia.jor.br/miche.html" target="_blank"><b>Jornal de Poesia</b></a>]</div>
<div style="text-align: justify;">
Veja entrevistas da escritora e poeta ao programa [<a href="http://www.youtube.com/watch?v=NFXjZtfDiMk&feature=related" target="_blank"><strong>Encontros de Interrogação</strong></a>] promovido pelo Instituto Itaú Cultural em 2004, e no programa [<a href="http://www.youtube.com/watch?v=HU_K3sqIJjk&feature=player_embedded#!" target="_blank"><strong>Entrelinhas da TV Cultura</strong></a>], em 2009.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs9RreXsNBz35TL6PzpLKoaoXKLm4QDV5hqm82hPiiGMSjvpbtwrX47iF5WY71eGYRszrpNehG8AZtCMXwd7VOf0bqXsafvRY3PVgxzRZKFqwyw1Zc8cYJaFCJYH-46TSAbxy4UxsjZd4/s1600/micheliny-3.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs9RreXsNBz35TL6PzpLKoaoXKLm4QDV5hqm82hPiiGMSjvpbtwrX47iF5WY71eGYRszrpNehG8AZtCMXwd7VOf0bqXsafvRY3PVgxzRZKFqwyw1Zc8cYJaFCJYH-46TSAbxy4UxsjZd4/s200/micheliny-3.jpg" width="123" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong>A Cartografia da Noite, </strong>pela<strong> </strong><a href="http://www.lummeeditor.com/" target="_blank"><strong>Lumme Editor</strong></a><strong>, </strong>faz parte de um projeto inicial que previa uma trilogia (da qual o Geografia íntima do deserto seria a primeira ponta). Não sei se desisti da trilogia, mas por enquanto ficamos com esse dueto, visto que o próximo livro de poemas (no qual trabalho agora) chama-se Outra arte e se afasta bastante desse projeto que engloba o Geografia e A cartografia. De resto, esses dois dialogam (desde o título, como se pode perceber) até um certo jogo de claro-escuro, de linguagem e de temática, afinal a noite e o deserto, em alguns momentos, podem ser compreendidos um como metáfora do outro. Alguns poemas que não couberam em Geografia acabaram por aparecer em A cartografia, enfim...</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b>
<b>Saiba mais sobre a poética de Micheliny Verunschk em: </b><br />
[<a href="http://revistacult.uol.com.br/home/2013/09/cartografias-poeticas-de-micheliny-verunschk/#.UjuUm-HbVwU.blogger" target="_blank"><b>Revista Cult » Cartografias poéticas de Micheliny Verunschk</b></a>]<br />
<br />
<b>Blog da autora:</b> <a href="http://ovelhapop.blogspot.com/2010/10/lancamento-de-cartografia-da-noite.html" target="_blank"><span style="color: black;">[</span><strong>Ovelha Pop</strong></a>]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/NFXjZtfDiMk" title="YouTube video player" width="100%"></iframe>
</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div></div>Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com12Ribeira do Pombal - BA, Brasil-10.8364886 -38.543965100000037-10.8988711 -38.624646100000035 -10.7741061 -38.463284100000038tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-80424616373899953682021-04-10T12:04:00.001-03:002021-10-04T14:44:16.907-03:00A arte de amar - O manual do amor segundo Ovídio<div style="text-align: justify;">
Poeta romano renomado, Ovídio escreveu principalmente sobre amor e sedução em meio a uma vida boêmia. Banido de Roma no ano 8 d.C pelo Imperador Augusto, devido ao seu livro "A arte de amar (Ars Amatoria), a obra foi considerada imoral e altamente influenciável. Ovídio foi estudado e admirado por grandes autores, como Dante e Shakespeare.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em<b> A arte de amar</b>, a mulher ganha autonomia para manifestar suas aspirações sexuais, situação que lhe foi negada durante os séculos seguintes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbGW_gpWFEGiOz23zdlKEOLd3R_62KCp3oDoeU-HTtgRbx15mqDozKpgsX4cpNA2pf7MWZ1Lk8tzr4aNVb8-B-J-oHQEQE0RaYjVfOqoiywjjL1A2L5KVY5rka9Zo0oaAtTGC6A9gpSxo/s1600/Ovidio_arte_de.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbGW_gpWFEGiOz23zdlKEOLd3R_62KCp3oDoeU-HTtgRbx15mqDozKpgsX4cpNA2pf7MWZ1Lk8tzr4aNVb8-B-J-oHQEQE0RaYjVfOqoiywjjL1A2L5KVY5rka9Zo0oaAtTGC6A9gpSxo/s1600/Ovidio_arte_de.jpg" width="110" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
“Se houver algum homem comum a quem a arte do amor seja desconhecida, que ele leia este poema e que, conhecendo-a através de sua leitura, ame.” [Ovídio] </div>
<div style="text-align: justify;">
[...]</div>
<div style="text-align: justify;">
É certo que não existem regras que garantam o sucesso nas relações. Porém, o escritor empresta através de sua abordagem liberdade para que homem e a mulher manifestem seus desejos carnais e sentimentais, permitindo que ambos “joguem” através da sedução.</div>
<div style="text-align: justify;">
A linguagem utilizada por Ovídio é simples, direta, leve e, por vezes, bem humorada, caso o leitor se permita distanciar-se dos padrões sociais vigentes da época.</div>
<div style="text-align: justify;">
O livro <b>A arte de amar </b>está dividido em três partes. Na primeira, Ovídio orienta o homem como seduzir a amada; no segundo, após o contato carnal, como o homem deve manter a relação e a ternura; e, por fim, na terceira parte, Ovídio dedica sua atenção à mulher.</div>
<div style="text-align: justify;">
[...]</div>
<div style="text-align: justify;">
Para ler o texto completo, acesse o blog Obvious:</div>
<div style="text-align: justify;">
Por Priscila Pasko [<a href="http://lounge.obviousmag.org/por_uma_linha_que_caiba/2013/10/o-polemico-manual-do-amor-segundo-ovidio.html" target="_blank"><b>O (polêmico) manual do amor segundo Ovídio</b></a>]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para saber mais sobre a obra, acesse o blog Vinho e Sexualidade:</div>
<div>
[<a href="http://www.vinhoesexualidade.com.br/Sexualidade/Artigos/Artigo.aspx?i=113" target="_blank"><b>A arte de amar, de Ovídio - Um livro para reflexão</b></a><span face=""tahoma" , "arial" , "helvetica" , sans-serif" style="background-color: #ededed; color: #4b4b4b; font-size: 15px; line-height: 18px;">]</span></div>
<div>
<span face=""tahoma" , "arial" , "helvetica" , sans-serif" style="background-color: #ededed; color: #4b4b4b; font-size: 15px; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
"<span style="font-size: x-small;">EU TE AMO MESMO ASSIM</span>", comédia musical baseada na obra "A Arte de Amar", de Ovídio, com direção de João Sanches, supervisão geral de João Falcão, adaptação de Jô Abdu e com os atores Laila Garin e Osvaldo Mil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<iframe width="100%" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/YhYz96TMK0s" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal, Ribeira do Pombal - BA, Brasil-10.8364886 -38.543965100000037-10.8988711 -38.624646100000035 -10.7741061 -38.463284100000038tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-28713125662754603432021-03-10T14:03:00.000-03:002021-03-10T14:03:16.266-03:00K. - Obra ficcional de Bernardo Kucinski que se transmuta numa magnífica aula de História<div>
<div style="text-align: justify;">
Editado pela primeira vez em 2011, <b>K. – Relato de uma busca</b> marcou a estreia tardia na ficção do jornalista e professor Bernardo Kucinski, aos 74 anos. A partir de um evento real, o desaparecimento de sua irmã, Ana Rosa Kucinski, creditado ao aparato repressor da ditadura militar, o escritor desdobra realidade em ficção, o que permite ao leitor um contato com um relato que transita entre o testemunhal e o ficcional, identificando passagens históricas referidas no texto, mas ao mesmo tempo se distanciando destas como é próprio da criação ficcional. O enredo está inevitavelmente ligado a uma realidade que é reconhecível, mas Kucinski demonstra que, via discurso literário, é possível subverter o factual em uma instância no qual o engajamento crítico é capaz de mobilizar a leitura para uma realidade política específica, sem que para isso tenha-se que recorrer ao panfletário do discurso político.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b>K: Relato de uma busca</b>, finalista de prêmios literários, é leitura fundamental para quem quer experimentar boa literatura e conferir uma abordagem rica da História do Brasil. O livro atingiria raro reconhecimento, chegando a se tornar uma das obras indispensáveis da literatura brasileira contemporânea. </div>
<div style="text-align: justify;">
Kucinski vem de uma longa trajetória como jornalista e militante. A ficção surgiu em seu caminho há aproximadamente dez anos, quando passou a assinar como B. Kucinski e apresentar assuntos valiosos para ele sob a forma literária. Não se pode negar, no entanto, o extremo valor de suas histórias para além dos fatores históricos. O estilo seco para tratar de assuntos muito pesados e a costura sagaz da narrativa valem a leitura por si só. Com essas duas qualidades do autor trabalhando juntas, o resultado é implacável.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<br />
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/l_2RSVWw7To" width="100%"></iframe><br />
<br />
<b>Leia resenhas de "K." e "Os visitantes", acessando:</b><br />
[<a href="http://revistacult.uol.com.br/home/com-a-novela-os-visitantes-bernardo-kucinski-retoma-inventivamente-alguns-dos-eventos-trabalhados-em-k" target="_blank">revistacult.uol.com.br/com-os-visitantes-bernardokucinski-retoma-eventos-trabalhados-em-k</a>]<br />
<br />Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal - BA, 48400-000, Brasil-10.783171 -38.527030500000023-11.282345999999999 -39.172477500000021 -10.283996 -37.881583500000026tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-8719016159412752702021-03-03T13:24:00.002-03:002021-03-03T14:29:25.193-03:00Na canção Triste Bahia, Caetano Veloso relembra-nos um belíssimo poema de Gregório de Matos <div style="text-align: justify;">
Caetano Veloso é daqueles artistas que envelhecem da melhor maneira: aprimorando a sua arte. Suas interpretações recentes de antigas gravações mostram que ele não parou no tempo, se reinventando e, ao mesmo tempo, mantendo-se instigante, perturbador, provocador com arte. De quebra relembra-nos um belíssimo poema de Gregório de Matos mesclado a versos doces e nostálgicos. [<a href="https://www.youtube.com/watch?v=_amoeHb1xAY" target="_blank">Alexandre de Omena no YouTube</a>]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/_amoeHb1xAY" width="100%"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 1.24; margin-bottom: 13px;">
<div class="_UZe kno-fb-ctx" style="margin-top: 4px;">
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.24; margin-bottom: 13px;">
<span color="rgba(0 , 0 , 0 , 0.54)" style="font-size: 12px;">Compositores: Caetano Veloso / Gregório de Mattos</span></div>
Triste Bahia! Oh quão dessemelhante<br /> Estás, e estou do nosso antigo estado!<br /> Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,<br /> Rica te vi eu já, tu a mi abundante.<br /> <br /> Triste Bahia! Oh quão dessemelhante<br /> <br /> A ti trocou-te a máquina mercante,<br /> Que em tua larga barra tem entrado,<br /> A mim vem me trocando, e tem trocado<br /> Tanto negócio, e tanto negociante. <br /> Triste, oh, quão dessemelhante, triste<br /> Pastinha já foi à África<br /> Pastinha já foi à África<br /> Pra mostrar capoeira do Brasil<br /> Eu já vivo tão cansado<br /> De viver aqui na Terra <br /> Minha mãe, eu vou pra lua<br /> Eu mais a minha mulher<br /> Vamos fazer um ranchinho<br /> Tudo feito de sapê, minha mãe eu vou pra lua<br /> E seja o que Deus quiser <br /> <br /> Triste, oh, quão dessemelhante<br /> Ê, ô, galo canta<br /> O galo cantou, camará<br /> Ê, cocorocô, ê cocorocô, camará<br /> Ê, vamo-nos embora, ê vamo-nos embora camará<br /> Ê, pelo mundo afora, ê pelo mundo afora camará<br /> Ê, triste Bahia, ê, triste Bahia, camará<br /> Bandeira branca enfiada em pau forte <br /> Afoxé leî, leî, leô<br /> Bandeira branca, bandeira branca enfiada em pau forte<br /> O vapor da cachoeira não navega mais no mar<br /> Triste Recôncavo, oh, quão dessemelhante<br /> Maria pé no mato é hora<br /> Arriba a saia e vamo-nos embora<br /> Pé dentro, pé fora, quem tiver pé pequeno vai embora <br /> Oh, virgem mãe puríssima<br /> Bandeira branca enfiada em pau forte<br /> Trago no peito a estrela do norte<br /> Bandeira branca enfiada em pau forte<br /> Bandeira...</div><div class="_UZe kno-fb-ctx" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small; margin-top: 4px;">
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</div>
Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal - BA, Brasil-10.8365146 -38.543924599999968-11.335689599999998 -39.189371599999966 -10.3373396 -37.898477599999971tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-8221437962146934652021-03-03T13:02:00.004-03:002021-03-03T14:43:16.514-03:00As variantes vocabulares do povo Soteropolitano<div style="line-height: 18.2px; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4EeSNfv8lGGRPc_Z6oZKJgNu0cC-7d368fW5GSo_H88c21Og__L4CVyLS5mqf8BTqwTGa6qvQnWLEL3t8LaQBBlvERRUEN2JlEvxxgMlYlMFnmxomnMtbVD8qMm6M1Vmma_S_A6UT8XA/s172/dicion%25C3%25A1rio+de+baian%25C3%25AAs-2.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="172" data-original-width="120" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4EeSNfv8lGGRPc_Z6oZKJgNu0cC-7d368fW5GSo_H88c21Og__L4CVyLS5mqf8BTqwTGa6qvQnWLEL3t8LaQBBlvERRUEN2JlEvxxgMlYlMFnmxomnMtbVD8qMm6M1Vmma_S_A6UT8XA/s0/dicion%25C3%25A1rio+de+baian%25C3%25AAs-2.jpg" /></a></div>O escritor e cronista Nivaldo Lariú, recolhendo as ocorrências da fala de um lugar com forte identidade cultural e linguística, como é a cidade de Salvador, capital da Bahia, mais do que um dicionário regional, produziu uma obra vocabular de referência, na qual expressa sua enorme capacidade de incorporar o espírito salvadorense funcionando como intérprete dos coloquialismos nascidos nas ruas.</div> <div style="text-align: justify;">Autor dos livros Confissões de um Pai de Adolescente e Mancha de Dendê e também, deste afamado Dicionário de Baianês - criado para explicar o vocabulário próprio do povo de Salvador, obra de sucesso incontestável que já anda perto dos 150 mil exemplares vendidos em aeroportos, livrarias e bancas de revistas de todo o país. Em sua terceira ampliação, o autor alega que o sucesso da obra deve-se aos critérios que segue na hora de atualizar cada edição. Lariú explica que a atualização tem que ser lenta. Tem que dar tempo da expressão ou verbete se consolidar, utilizando unicamente expressões de uso geral, sem incluir gírias ou vocábulos de determinados guetos.</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">O sucesso do dicionário fez com que outros autores criassem uma verdadeira onda de símiles pelo Brasil afora, a exemplo dos dicionários de Acreanês, Cearês, Pernambuquês, Porto-Alegrês e por aí vai...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Feito sem pretensão acadêmica, o "dicionário de baianês" explora o falar típico de Salvador, catalogando as variantes vocabulares que integram o regionalismo da linguagem soteropolitana.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">Com elevado espírito de baianidade, com arguta observação a tudo que o rodeia - usos, costumes e, principalmente os dizeres, Nivaldo Lariú traduziu em palavras o pulsar da vida, a espontaneidade, a ironia e o humor contidos no linguajar do povo baiano.</span></div> <div style="text-align: justify;">Vivendo há mais de quarenta anos em Salvador, este Fluminense de Itaperuna, fez da Bahia sua pátria adotiva. É um baiano por adoção e por decreto, pois a Câmara Municipal de Salvador, reconhecendo que este escritor é baiano de verdade, conferiu-lhe em 1996, o título de "Cidadão Honorário da Cidade".</div></div></div><div style="background-color: #fefdfa; line-height: 18.2px; text-align: justify;"><div style="color: #333333; font-family: sans-serif; font-size: 13px;"><br /></div>
<div style="color: #333333; font-family: sans-serif; font-size: 13px;">
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<span face="sans-serif" style="color: #333333;"><span style="font-size: 13px;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/eRBCMbvAg0o" width="100%"></iframe></span></span><br />
<div style="color: #333333; font-family: sans-serif; font-size: 13px; text-align: center;">
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<div style="color: #333333; font-family: sans-serif; font-size: 13px;">
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<div style="color: #333333; font-family: sans-serif; font-size: 13px;">
- <strong>Mais Vídeos sobre o linguajar baianês:</strong> [<a href="http://www.youtube.com/watch?v=IUqOoaz9onY&feature=related" style="color: #d57f83; text-decoration: none;" target="_blank"><strong>Vídeo-1</strong></a>], [<strong><a href="http://www.youtube.com/watch?v=cCaMvyoIY4I&feature=related" style="color: #d57f83; text-decoration: none;" target="_blank">Vídeo-2</a></strong>]</div>
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<div style="background-color: #fefdfa; color: #333333; font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18.2px; text-align: justify;">
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- <strong>Dicionário:</strong> [<a href="http://www.movimentoculturabrasil.com.br/blog/?p=1823" style="color: #d57f83; text-decoration: none;" target="_blank"><strong>Fragmento-1</strong></a>], [<a href="http://www.salvadorcomh.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1187:e-coisa-da-bahia-baianes-o-qidiomaq-do-soteropolitano&catid=41:babados-e-bordados-&Itemid=62" style="color: #d57f83; text-decoration: none;" target="_blank"><strong>Fragmento-2</strong></a>], [<a href="http://perdidoemsalvador.wordpress.com/tag/baianes/" style="color: #d57f83; text-decoration: none;" target="_blank"><strong>Fragmento-3</strong></a>]<br />
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<b>- Para saber mais sobre o autor e sua obra, acesse: </b>[<a href="http://www.bahianoticias.com.br/noticia/130002-nivaldo-lariu-fala-sobre-facanha-de-vender-10-mil-copias-anuais-do-dicionario-de-baianes.html" style="color: #d57f83; font-weight: bold; text-decoration: none;" target="_blank">bahianotícias.com.br/nivaldolariu</a>]</div>
</div>
Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal - BA, Brasil-10.8364886 -38.543965100000037-10.8988711 -38.624646100000035 -10.7741061 -38.463284100000038tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-29589020068145912172021-02-24T23:21:00.001-03:002021-03-03T14:45:38.611-03:00O lesbofeminismo como opção política e estética na ficção de Natalia Borges Polesso<div>
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<b>Natalia Borges Polesso</b> é escritora e doutoranda em Teoria da Literatura na PUCRS, é autora de <b>Recortes para álbum de fotografia sem gente</b>, obra vencedora do prêmio Açorianos 2013 na categoria contos, do livro de poemas <b>Coração à corda</b>, de 2015, e também da tirinha <b>A escritora incompreendida</b>, publicada apenas na internet e de <b>Amora</b>, livro de contos que versam sobre relações homossexuais entre mulheres, vencedor do prêmio Jabuti 2016 na categoria Contos e Crônicas.</div>
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<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/_M9uO1HiydU" width="100%"></iframe><br />
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É diminuto dizer que a escrita de Natalia versa unicamente sobre relações homossexuais entre mulheres. Na lírica de "<b>Coração à corda"</b> e nos contos de "<b>Recortes para álbum de fotografia sem gente" </b>e "<b>Amora</b>" estão presentes a sensação de deslumbramento, o espanto diante de sentimentos inesperados e o medo das descobertas. Seus escritos ressaltam o encontro consigo mesmo, sobretudo quando ele ocorre fora dos padrões, trazendo enormes desafios ou tornando impossível seguir sem transformação. É necessário avançar, explorar o desconhecido, desestabilizar as estruturas para chegar, enfim, ao sossego de quem vive e tem a consciência libertária de amar livremente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<b>Por Natalia Polesso [Eu escritora, eu lésbica]:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
"Bem, é no pouco tempo que me sobra entre essas atividades que eu penso na minha insignificante condição de escritora: escrevi três livros, três livros que tratam, direta ou indiretamente, de relações lésbicas. Sim. Simplesmente porque minha experiência de (r)existir é uma experiência de mulher e de mulher lésbica, e eu escolhi que escreveria sobre isso, porque eu, dentro de uma reflexão diária, entendi, primeiramente, a importância dessa experiência, e depois, a importância de sua visibilidade, reconhecimento e, sobretudo, respeito. Nos enredos do meu trabalho, esta se constitui uma escolha política e estética. Política por ser modo de ocupar, estética por ser modo de pensar e realizar a minha escrita."</div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
<b>A seguir, fragmento do conto "Minha prima está na cidade":</b><br />
<div style="text-align: justify;">
“Acontece que eu e a Bruna somos uma família, mas eu demorei para entender que éramos. Foi um dia em que eu fiquei bem doente e cogitei a possibilidade de passar a noite na casa dos meus pais e a Bruna ficou puta comigo, com razão. Aquela era a nossa casa e eu podia me sentir bem e protegida ali, foi assim que eu comecei a entender. Comecei a entender com cheiros de sopa e pão, banhos quentes e carinhos e escolhas bobas como a cor dos móveis ou a necessidade de uma cortina, assim comecei a entender o que era uma família, com louças acumuladas e montes de cabelos que se perdiam pelo chão, cabelos pretos e compridos, porque eu e a Bruna temos cabelos pretos e compridos. Minha família estava ali, com louça, gripes, montes de cabelos, cheiros de comida caseira, café na cama e banhos quentes, com brigas e pedidos de desculpas, carinhos, amores, cuidados e era mesmo uma família, até quando ficávamos vendo televisão no domingo de tarde ou quando levávamos nosso cachorro imaginário para passear no parque.” </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<b>Para ler uma mostra da obra, acesse:</b></div>
[<a href="http://www.amazon.com.br/Amora-Natalia-Borges-Polesso-ebook/dp/B01N3SLWRT/ref=cm_cr_arp_d_product_top?ie=UTF8" target="_blank">www.amazon.com.br/Amora-Natalia-Borges-Polesso-ebook</a>]<br />
<br />
<b>Para saber mais sobre a autora, acesse:</b><br />
[<a href="http://literaturalesbofeminista.blogspot.com/search/label/Natalia%20Borges%20Polesso" target="_blank">literaturalesbofeminista.blogspot.com/search/label/NataliaBorgesPolesso</a>]<br />
<br />Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com0Ribeira do Pombal - BA, 48400-000, Brasil-10.783171 -38.527030500000023-11.282345999999999 -39.172477500000021 -10.283996 -37.881583500000026tag:blogger.com,1999:blog-2974436786774638072.post-86750117993055565612021-02-21T22:34:00.004-03:002021-03-03T14:59:52.322-03:00Onde foi parar o futebol-arte mulato do Brasil?<div style="text-align: justify;"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF7SJNj9Tp8959p21VD-sPnlf-oGtNXLpGwKGCb31epH9oT21alUN5SOPZBybM_84uEEj-frIIMbV-S6nNPsvL_g4PTEU5cmJJfpRxKZMcElvB-5FK0fVMwvrxLoEr-cUhu79s29gi0CY/s1600/futebol-1.jpg" style="clear: left; display: inline; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="161" rw="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF7SJNj9Tp8959p21VD-sPnlf-oGtNXLpGwKGCb31epH9oT21alUN5SOPZBybM_84uEEj-frIIMbV-S6nNPsvL_g4PTEU5cmJJfpRxKZMcElvB-5FK0fVMwvrxLoEr-cUhu79s29gi0CY/w200-h161/futebol-1.jpg" width="200" /></a></div>
No futebol brasileiro praticado com extrema habilidade e elegância até a copa de 1986, além de absolutamente necessário, o gol era o grande momento de êxtase dos jogadores e delírio dos torcedores. A partir daí, com o surgimento da "<em><strong>Era Dunga</strong></em>", uma invenção do medíocre técnico Sebastião Lazaroni, o futebol do Brasil passou a seguir a máxima do técnico Parreira de que "o gol é apenas um detalhe", e as vitórias da seleção nas copas de 1994 (conquistada nos pênaltis) e 2002 não tiverem o mesmo encantamento das conquistas anteriores.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não encontramos mais o caminho do gol porque nossa escola futebolística perdeu por completo o estilo de jogar futebol à brasileira, que contrastava dos europeus por um conjunto de qualidades que envolvia o elemento surpresa, a manha, a astúcia, a ligeireza, a espontaneidade e o talento individual. Nossos passes precisos, nossos dribles desconcertantes, nossos despistamentos, nossas transgressões as orientações do treinador, nossa maneira de conduzir a bola que sempre marcaram o estilo brasileiro de jogar, hoje é visto nos times europeus, a exemplo da França e Croácia, ambos finalistas da copa de 2018. </div>
<div style="text-align: justify;">
A derrota pelo placar adverso e humilhante de 7x1 para a seleção germânica em 2014, a desclassificação nas quartas de final perdendo para a Bélgica em 2018, um centroavante (Gabriel Jesus) que não marcou sequer um gol em cinco jogos, deixaram evidente que estamos a anos-luz do verdadeiro e admirável futebol brasileiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<b><u>Algumas máximas de escritores a respeito do esporte bretão:</u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"<em>O futebol é o ideal de uma sociedade perfeita: poucas regras, claras, simples, que garantem a liberdade e a igualdade dentro do campo, com a garantia do espaço para a competência individual</em>"</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"> MARIO VARGAS LLOSA</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">"</span><em>O futebol é anterior ao sexo</em>"</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"> NELSON RODRIGUES</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"<em>O futebol é a continuação da guerra por outros meios. É uma mímica da guerra</em>"</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">GEORGE ORWELL</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"<em>Foi-se a copa? Não faz mal. Adeus chutes e sistemas. A gente pode, afinal, cuidar de nossos probl</em>emas"</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE</span><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="338" src="https://www.youtube.com/embed/4mvt5yMdWGo" width="100%"></iframe> </div><div style="text-align: justify;"><strong><span style="font-size: x-small;">VÍDEOS ESPECIAIS:</span></strong></div><div style="text-align: justify;"><strong><span style="font-size: x-small;">[<a href="https://www.youtube.com/watch?v=kG5GE2a4bx4&t=308s" target="_blank">PELÉ & GARRINCHA</a>], </span></strong><strong><span style="font-size: x-small;">[</span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=_cjX8a3Akak&list=PLB38667AABF75244D" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">COPA 1958-1</span></a><span style="font-size: x-small;">], [</span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=7yKQxmapQ4M&feature=related" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">COPA 1958-2</span></a><span style="font-size: x-small;">], [</span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=RRGWpokUJ-g&feature=related" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">COPA 1958-3</span></a><span style="font-size: x-small;">], [</span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Sa-_bFZRSqA&feature=related" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">COPA 1962-1</span></a><span style="font-size: x-small;">], [</span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=7yKQxmapQ4M&feature=related"><span style="font-size: x-small;">COPA 1962-2</span></a><span style="font-size: x-small;">] [</span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=_PCjKsu5Od0&feature=related" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">COPA 1962-3</span></a><span style="font-size: x-small;">], [</span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=95bUKw9trjI&feature=related" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">COPA 1970-1</span></a><span style="font-size: x-small;">], [</span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=faS0ue2kBcQ&feature=related" target="_blank"><span style="font-size: x-small;">COPA 1970-2</span></a><span style="font-size: x-small;">], [<a href="http://www.youtube.com/watch?v=THjKHuoFSJY&feature=fvwrel" target="_blank">GOLS DO BRASIL COPA-70</a>], [<a href="http://www.youtube.com/watch?v=zZxvYy5-ekI&feature=related" target="_blank">GOLS DO BRASIL COPA-82</a>]</span></strong><br />
<strong><span style="font-size: x-small;"><br /></span></strong></div>
Luiz Neves de Castrohttp://www.blogger.com/profile/07654744894425962410noreply@blogger.com6Ribeira do Pombal, BA, 48400-000, Brasil-10.8364886 -38.5439651-39.146722436178848 -73.700215100000008 17.473745236178846 -3.3877151000000012