VISUALIZAÇÃO PARCIAL DO LIVRO [EXTRAÍDO DO GOOGLE BOOKS]
Donatien Alphonse-François de Sade, o Marquês de Sade (1740-1814), foi certamente um dos autores da literatura universal que mais sondaram os limites do homem, trazendo à luz [em pleno iluminismo] aquilo que a cultura sempre tentou ocultar: a violência do erotismo em suas mais variadas formas de transgressão. A tônica de seus principais romances, escritos ao longo de quase trinta anos em onze diferentes prisões sob três regimes distintos, é a libertação do indivíduo mediante a corrupção dos costumes.
Relegado ao esquecimento por muito tempo, o perseguido autor de Os 120 dias de Sodoma, Justine, A Filosofia na Alcova e tantos outros livros escandalosos, "o espírito mais livre que jamais existiu", nas palavras de Apollinaire, é hoje considerado um clássico, ao lado de Racine ou de Shakespeare um dos maiores escritores de sua época.
Na contramão do politicamente correto, escrevendo livros que expunham um mundo lascivo, ateu e irreverente dos primórdios do iluminismo, SADE tinha a necessidade imperiosa de afrontar os valores morais e destruir-lhes o significado. Autor de uma literatura escandalosa, sediciosa, blasfema - que constitui, por assim dizer, uma espécie de baixo iluminismo, SADE pode ser visto como catalisador de uma longa tradição de literatura pornográfica, que, no século da revolução francesa, serviu também de veículo para o protesto político, questionando tudo e onde nada era sagrado.
Na [Editora Iluminuras], podem ser encontradas as principais obras desse transgressor do espírito, que via na literatura uma possibilidade de criar um mundo onde tudo é levado às últimas consequências.
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