ESCRITORES

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Onde eu Nasci Passa um Rio








Uma jornada emocionante às margens do rio São Francisco, onde a busca por identidade e redenção se entrelaça com os mistérios do destino e do livre-arbítrio. [LINK PARA COMPRAR O LIVRO NA AMAZON]

Inspirado na clássica narrativa “Édipo Rei” de Sófocles, o romance apresenta a comovente jornada de um filho em busca de sua mãe desconhecida. Navegando pelas cidades ribeirinhas que margeiam o rio São Francisco, Edinho se vê imerso em uma série de eventos que trazem à tona os mais profundos questionamentos sobre a natureza humana diante do sofrimento e da morte.

À medida que ele avança em sua busca, testemunhamos a complexa interação entre destino e livre-arbítrio. Suas convicções são confrontadas quando conhece Maria, uma sensual dona de bordel que parece atrair o rapaz para si. Em uma narrativa que mescla a cultura local com uma trama clássica, somos confrontados com as consequências que a falta de afeto materno é capaz de causar na vida de um homem.

Numa ode à tragédia Édipo Rei, de Sófocles, Luiz Neves Castro recria, com maestria, os passos que este clássico percorreu, mas agora ambientado nas cidades ribeirinhas do vale são-franciscano.

Não é qualquer escritor que consegue inspirar-se em uma história tão original e transpassá-la ao interior do Brasil. O sucesso deste livro se dá graças à genialidade e ao lirismo com que Luiz dedicou-se a cada página.

Com toques de drama e sensibilidade, recorremos a um personagem capaz de nos fazer questionar até onde vale a pena procurarmos por uma pessoa que não nos quis. Este livro é capaz de ressignificar o desejo de ser amado e o papel feminino da mãe na vida de um filho.

"Onde Eu Nasci Passa um Rio" não apenas ecoa a antiga tragédia grega, mas também nos desafia a refletir sobre nossas próprias jornadas, sobre as escolhas que fazemos e os caminhos que seguimos em busca de respostas e redenção.

"Sabia e por que não evitou? Não pôde evitar? Que impulsos escondidos no âmago de sua alma fizeram-na cometer ato tão nefando, tamanho desvario? Num caso assim, foi vontade de Deus? Do Diabo? Ou a consonância da vontade simultânea de ambos?".

Por: Brenda Gomes M. Graduada em Escrita Criativa - PUCRS e Especialista em Leitura Crítica na LC - Agência de Comunicação.

O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam

O título deste livro, sim, é longo. O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam, de Evandro Affonso Ferreira. Mas, certamente, não foi isso que levou os jurados do Prêmio Jabuti de Literatura 2013 a atribuir-lhe o título de melhor romance do ano.
Há um conjunto de elementos que poderão lançar a obra à categoria de clássico brasileiro, uma concatenação de ideias com certa originalidade.
O personagem central da história é um mendigo que vai redescobrindo sua vida ao contá-la a um interlocutor identificado somente como “senhor”. Em dado momento, o mendigo afirma: “Minha mendicância é voluntária: perdendo a amada perdi incontinenti o interesse por tudo-todos” (pg. 39). E então, o leitor começa a compreender esta estranha figura que carrega consigo um livro de adágios de Erasmo de Rotterdam, o qual sabe de cor, e o tempo todo cita estas frases, combinando e recombinando com seu discurso, que exala poesia e tragédia.
[...] 
E o mendigo vai relatando sua história, de dez anos na rua, embora não deixe as coisas exatamente claras, como se tudo pudesse ser apenas delírio. Basta que se observe seu vício:

Os maltrapilhos alcóolicos entregam-se à bebida; entreguei-me ao grafite: entro em êxtase quando sinto o cheiro dele saindo deste objeto de madeira para fixar-se em forma de N, nos espaços vazios dos muros desta metrópole apressurada. Meu ópio grafítico”. (pg. 28).
[...]
Numa combinação de amor, solidão e delírio, O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam é um livro que realmente mereceu o prêmio recebido, muito embora um Jabuti de literatura ainda pareça pouco diante da amplitude da obra, um clássico contemporâneo.
Leia o texto integralmente, acessando:

"O título já pode produzir inquietação. Afinal que aquilo que supomos saber de um mendigo jamais incluiria que fosse culto, que soubesse quem foi Erasmo e muito menos que tivesse lido seus adágios sobre os quais, aliás, poucos sabem. O personagem criado por Evandro Affonso Ferreira inverte essa lógica nos dando o que pensar no instante em que a erudição de um homem se mede com seu próprio abandono e o abandono generalizado do mundo ao seu redor. O que sabemos, por meio desse homem com profundas cicatrizes interiores é que a miséria das ruas pertence a todos: “somos todos – cada um à sua maneira – fedentinosos e desvalidos e patéticos e constrangedores.” Que no fundo, de certo modo, todos pertencemos a este “grupo dos suicidas graduais vivendo à margem das estatísticas”.
Leia excelente resenha da filósofa e escritora Marcia Tiburi sobre a obra, acessando:
[revistacult.uol.com.br/home/o-novo-livro-de-evandro-affonso-erreira]

O escritor Evandro Affonso Ferreira fala sobre seus livros, entre os quais: "O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam":


Saiba mais sobre a vida e obra de Evandro Affonso Ferreira, acessando:

A magistral trilogia de Antônio Torres: Essa terra, O cachorro e o lobo e Pelo fundo da agulha

A magistral trilogia de @AntônioTorres


Sobre Essa terra: 

Essa terra não é a história de uma terra, mas do seu produto humano.” - Leonor Bassères, Tribuna da Imprensa


Sobre o Cachorro e o lobo:

“Há magia na linguagem desse belo romance.” - César Leal, Diário de Pernambuco

“É a sua obra-prima.” - Ana Maria Machado, Jornal do Brasil


Sobre Pelo fundo da agulha :

“ Pelo fundo da agulha é um dos mais belos romances sobre o tempo que passa e nos acaricia e morde, afaga e faz doer.”- Ignácio de Loyola Brandão, Estado de S. Paulo

“Com Pelo fundo da agulha fecha-se o cerco da trilogia iniciada com Essa terra, de 1976, e seguida por O cachorro e o lobo, de 1997, marcando três tempos na obra de Antônio Torres e ainda três momentos distintos da história da ficção no país.” - Cláudia Nina, Revista Brasil / Brazil , Brown University




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As narrativas labirínticas de Bernardo Carvalho

Integrante da coleção Amores Expressos, que reúne histórias de amor de escritores que viajaram para diferentes partes do mundo, a obra retrata os dilemas de uma Rússia contemporânea.
Escrito pelo carioca Bernardo Carvalho e lançado pela Companhia das Letras, a trama do livro se passa em São Petersburgo, na Rússia. A obra traz a história de três mães narrada em primeira pessoa. Uma tenta afastar o filho homossexual do Exército. A segunda abandona o filho cujo pai é checheno. A última sofre por ter perdido um filho que se suicidou e tenta tirar outros da guerra.
Carvalho foi editor e correspondente estrangeiro do jornal Folha de São Paulo. Escreveu Mongólia, O Sol se Põe em São Paulo, Nove Noites, Medo de Sade, As Iniciais, Onze, entre outros.
Em O filho da mãe, Bernardo Carvalho orquestra uma multiplicidade de vozes e pontos de vista, sem nunca perder de foco o motivo recorrente da maternidade, imbricado com o seu avesso: o sentimento de orfandade, de desamparo e desajuste, cuja representação mais crua é a guerra. “As mães têm mais a ver com a guerra do que imaginam”, diz a certa altura uma personagem. O livro, de certo modo, é a demonstração poética disso.
Embora o pano de fundo da história seja a segunda guerra da Tchetchênia, em 2003, Carvalho volta-se neste romance à figura da mãe, ao tema da maternidade. Serão as mães, moduladas e refratadas nas diversas histórias que aqui se entrelaçam, o fio condutor de uma trama singular, cujo resultado vem confirmar a posição do autor entre um dos mais originais e inovadores da literatura brasileira contemporânea.
São Petersburgo, cidade literária por excelência, é o epicentro da tragédia. Mas, como costuma acontecer nos livros de Bernardo Carvalho, a ação se expande vertiginosamente no tempo e no espaço. Do Oiapoque ao Nieva, de Grozni ao mar do Japão, chegam os estilhaços desses dramas nucleares de mães culpadas, filhos extraviados e pais tirânicos ou ausentes. Todas as personagens parecem, em alguma medida, estar fora do lugar, em famílias e países alheios — daí a força que adquire, no contexto, a figura monstruosa da quimera, aberração rejeitada pela natureza e pelo homem.
Romance de alta voltagem emocional, sem prejuízo do viés crítico e da complexidade da construção narrativa, O filho da mãe é um passo à frente na literatura sempre inquieta e surpreendente de Bernardo Carvalho.


Mais vídeos sobre a obra: [Vídeo-2], [Vídeo-3]

Para saber mais sobre a obra de Bernardo Carvalho, acesse: