Em abril de 1945, cerca de um ano após ser presa pelos nazistas e enviada como prisioneira para Auschwitz, Lili Jaffe (cujo nome de solteira era Lili Stern) foi salva pela Cruz Vermelha e levada à Suécia. Lá, ela anotou num diário os principais acontecimentos por que havia passado: a captura pelos alemães, o cotidiano no campo, as transferências para outros locais de trabalho, mas também a experiência da libertação, a saudade dos pais e a redescoberta da feminilidade.
Esse diário - hoje depositado no Museu do Holocausto em Jerusalém e que, traduzido diretamente do sérvio, tem aqui sua primeira publicação mundial - foi o ponto de partida para este livro absolutamente incomum, escrito e organizado por Noemi Jaffe. Em "O que os cegos estão sonhando?", três gerações de mulheres da mesma família se debruçam sobre o horror de Auschwitz, no impulso - tão imprescindível quanto vão - de, como observa Jeanne Marie Gagnebin, tecer um agasalho "contra a brutalidade do real".
Para saber mais sobre a obra, acesse: [www.editora34.com.br/detalhe.asp?id=737]
A professora, escritora e crítica literária Noemi Jaffe fala sobre sua infância, sobre sua relação com a leitura, sobre o que marca sua literatura, sobre o gosto em contar histórias e sobre seu método de trabalho. Lê trecho do livro "O Que os Cegos Estão Sonhando?" e fala ainda sobre sua relação com o tempo. Lê, ao final, o verbete "E", do livro "A Verdadeira História do Alfabeto e Alguns Verbetes de um Dicionário".
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