ESCRITORES

ESCRITORES

A revolução socioestética promovida pelo Tropicalismo

"Um dos maiores movimentos artísticos do Brasil ganha vida nesse documentário. Numa época em que a liberdade de expressão perdia força, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Gal Costa, Arnaldo Baptista, Rita Lee, Tom Zé, entre outros, misturaram desde velhas tradições populares a muitas das novidades artísticas ocorridas pelo mundo e criaram o Tropicalismo, abalando as estruturas da sociedade brasileira e influenciando a várias gerações. Com depoimentos reveladores, raras imagens de arquivo e embalado pelas mais belas canções do período, "Tropicália" nos dá um panorama definitivo de um dos mais fascinantes movimentos culturais do Brasil."


Assista ao documentário completo, acessando: [www.youtube.com/watch?v=ZVyo5i7yqU8]
"A Tropicália mudou definitivamente nossa sensibilidade e mentalidade estética, política e comportamental, derrubando “as prateleiras, as estantes, as vidraças” entre o urbano e o rural, o interior e o litoral, o bom e o mau gosto, o popular e a vanguarda, o chiclete e a banana, o chique e o kitsch, o berimbau e a guitarra, o bangue-bangue e o tamborim, as raízes e as antenas, o luxo e o lixo (como no emblemático poema de Augusto de Campos, com todas as variantes positivas e negativas que podem sugerir as duas palavras, e os atritos entre elas).
Com uma lúcida compreensão da múltipla realidade brasileira, deu expressão às diversas vozes que a compõem, sem descaracterizá-las ou satirizá-las, sem esconder seus contrastes ou hierarquizá-las, mas criando condições para que elas aflorassem numa linguagem vigorosa, através de procedimentos (a colagem, a mistura, as fusões rítmicas e vocabulares, o construtivismo formal e a surpreendente espontaneidade) que as punham em situações inéditas de conexão ou confronto.
Batman e macumba, iê-iê e obá, viraram um amálgama sonoro-semântico (ou verbivocovisual, na expressão dos concretos), que rompia as fronteiras de preconceitos muito arraigados, inaugurando a possibilidade da convivência, sem traumas, de valores até então inconciliáveis.
A partir desse limite (ápice) não havia mais volta. A cultura plural, cosmopolita e libertária se instituiu como uma realidade palpável, abrindo caminho para novas experiências poético-musicais, que se desdobraram em várias outras linguagens." Arnaldo Antunes
[...] 
Continue a leitura, em: [tropicalia.com.br/livro/#close]




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