ESCRITORES

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Realismo intenso e alegoria nas obras de Juan Rulfo

"A leitura profunda da obra de Juan Rulfo me deu, enfim, o caminho que buscava para continuar meus livros" - Gabriel García Márquez

"Na verdade, nunca houve na América Latina um escritor mais silencioso que Rulfo. Este gigante em silêncio foi certamente o maior escritor mexicano do século 20" -  Eric Nepomuceno

"Dos autores contemporâneos do México, Juan Rulfo está entre os imortais" - The New York Times Book Review

Juan Rulfo escreveu dois livros invulneráveis e definitivos: Chão em Chamas, obra regionalista na qual emprega um realismo puro e intenso, que muitas vezes beira o naturalismo, em 17 contos que refletem, em parte, as origens do escritor, nascido em Jalisco, região semiárida e pobre do México. Com linguagem coloquial e enxuta, Juan Rulfo apresenta um cenário de injustiça, violência, morte e falta de perspectivas, que em alguns casos é consequência da Revolução Mexicana (1910) ou da Guerra Cristera (1926). Em Chão em Chamas ele não faz uso do simbolismo e realismo fantástico, como em sua obra célebre, o romance mais aclamado da literatura mexicana, Pedro Páramo. Alegoricamente, Pedro Páramo é o México ferido que grita suas chagas e suas revoluções, por meio de uma aldeia seca e vazia onde apenas os mortos sobreviveram para narrar os horrores da história. O realismo fantástico como hoje se conhece não teria existido sem Pedro Páramo; é dessa fonte que beberam o colombiano Gabriel García Márquez e o peruano Mario Vargas Llosa.


Para saber mais sobre a vida e obra de Juan Rulfo, acesse:
[www.elfikurten.com.br/2016/06/juan-rulfo.html]
[homoliteratus.com/pedro-paramo-e-o-silencio-de-juan-rulfo]

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