Jorge Luis Borges (1899-1986), através de FICÇÕES e O ALEPH, seus dois livros fundamentais, mostrou por que é o mais conhecido e aclamado escritor argentino.
A maior obra-prima da faceta contista de Borges, apareceu em 1944, quando foi lançado o livro Ficções. Alguns dos contos mais famosos de Borges, como "Funes, o Memorioso", "A Biblioteca de Babel", "Tlön, Uqbar e Orbis Tertius", "O Jardim de Caminhos que se Bifurcam", e "A Loteria em Babilônia" integram o volume. A crítica argentina e internacional é praticamente unânime ao exaltar as qualidades da obra, considerado pela revista TIME um dos livros mais importantes de toda produção literária do século XX. Por tais qualidades, o autor recebeu o Grande Prêmio de Honra da SADE, a Sociedade Argentina dos Escritores e o Prêmio Interamericano de Literatura na I Bienal Internacional do Livro no Brasil.
Em 1949 foi lançado O ALEPH, julgado pela crítica especializada a segunda das obras-primas do autor. O aleph é considerado pela crítica um dos pontos culminantes da ficção de Borges. Em sua maioria, "as peças deste livro correspondem ao gênero fantástico", esclarece o autor no epílogo da obra. Nelas, ele exerce seu modo característico de manipular a "realidade": as coisas da vida real deslizam para contextos incomuns e ganham significados extraordinários, ao mesmo tempo que fenômenos bizarros se introduzem em cenários prosaicos. Os recorrentes motivos borgianos do tempo, do infinito, da imortalidade e da perplexidade metafísica jamais se perdem na pura abstração; ao contrário, ganham aparência concreta nas tramas, nas imagens, na sintaxe, que também são capazes de resgatar uma profunda sondagem do processo histórico argentino. O livro se abre com "O imortal", em que temos a típica descoberta de um manuscrito que relatará as agruras da imortalidade. E se fecha com "O aleph", para o qual Borges deu a seguinte "explicação" em 1970: "O que a eternidade é para o tempo, o aleph é para o espaço".
A obra de Borges é complexa, repleta de referências insuspeitadas e, por vezes, labiríntica e assustadora. Mas, por tudo isso, ela é também única e, como tal, tem potencial para envolver, alegrar, comover, incitar e aplacar nossa sanha de conhecimento.
A obra de Borges é complexa, repleta de referências insuspeitadas e, por vezes, labiríntica e assustadora. Mas, por tudo isso, ela é também única e, como tal, tem potencial para envolver, alegrar, comover, incitar e aplacar nossa sanha de conhecimento.
2 comentários:
Olá,
Adoro ler dicas de leitura, porque simplesmente amo ler, memso não tendo muito tempo para isso nos últimos tempos.
Abrços...
Elaine, quando passar a fase dos concursos tenho certeza de que voltará a ler com afinco e regularidade.
Um abraço da Bahia.
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