ESCRITORES

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Brochadas - Narrativa insólita e instigante sobre o funcionamento ilógico do pênis

Brochadas é literal, Jacques Fux conta histórias com aquele jeito de quem, ao falar da vida, faz uma piada. Morre-se de rir enquanto, ao mesmo tempo, fica-se a pensar… Por outro lado, Jacques Fux sabe usar sua erudição para nos deixar confusos. Entendemos logo no começo do livro que a brochada é uma metáfora da vida. Brochar é universal. Brochar faz parte da história e da filosofia, faz parte da literatura e da política. De certo modo, até mulheres brocham, mas isso não invalida a brochada masculina, pois a brochada das mulheres é apenas um jeito de solidarizar-se com aquilo que, nos homens, é da ordem da desgraça. Jacques Fux não poupa o seu narrador/ensaísta das duras análises das personagens/ex-namoradas, aquelas mulheres que foram construídas e desconstruídas no ato mesmo do acerto de contas literário.
Esse conjunto de brochadas antológicas é também um ensaio. Nele há uma confusão boa, um misto de descrição com corajosa reflexão que deixa um leitor feliz tentando descobrir se, o que ele pensava que fosse, era mesmo.
Fux é, afinal, mestre na arte da autorreferencialidade em literatura. Nunca saberemos se é verdade. Ou se é, tão-somente, ficção. A autoficção de Fux neste Brochadas, é mais do que confissão, mais do que autoinvenção, é a coragem divertida que quebra com os nosso preconceitos e faz cada leitor rir de si mesmo por meio do escritor e de seus personagens.
Duvido que alguém broche depois desse livro. Se brochar, será um tremendo prazer.
Por Marcia Tiburi na orelha do livro.

Vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura em 2013 como melhor autor estreante, o mineiro Jacques Fux volta a embaralhar as fronteiras entre ficção e realidade, e propõe uma "Ilíada da impotência", em seu novo romance, o ousado "Brochadas".


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