ESCRITORES

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Olho de Vidro - Um Ensaio Filosófico Sobre a Televisão


Filósofa e escritora, Marcia Tiburi mais numa vez inova ao analisar, filosoficamente, a televisão. Olho de vidro traz uma discussão sobre as relações entre pensamento reflexivo e imagem, a partir da oposição entre filosofia e televisão. Dividido em três partes, Olho, Tela e Distância — cada uma abordando uma característica do fenômeno televisivo como prática estética —, e com um glossário de termos ópticos, o Opticário, o livro finaliza com uma reflexão lúdica sobre o que está intrinsecamente envolvido nos atos que caracterizam uma sociedade visual.
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[www.record.com.br/livro_sinopse.asp?id_livro=25570]

Olho de vidro é a filosofia como exposição do aparelho televisivo visto enquanto objeto doméstico, mas também como dispositivo de poder político e econômico. Me interessei pela fenomenologia desta arma ideológica, arma imagético-discursiva letal que, utilizando de um mecanismo de distração e amansamento da percepção, joga com sutil violência a sociedade inteira dentro de um campo de concentração. Tratei a imagem como a moldura, como cercado que define um campo de concentração feito de olho, tela e distância. Nele reside o corpo do “telespectador”, a figura subjetiva de um tempo em que o olhar foi perdido, eviscerado na forma de um aparelho. Olho de Vidro é a metáfora desse processo de protetização do olhar. A televisão é como nosso olho, arrancado de nós, substituindo nossa visão de mundo, nossa compreensão de um real. A televisão produz uma verdade assumida pelo sujeito no lugar de qualquer outro. Sujeito é já um termo ultrapassado se considerarmos que uma de suas características na tradição que o criou e na qual ele sobreviveu era a autonomia. Esta autonomia é o que o telespectador não tem mais. Assim, vamos deixar o sujeito e pensar em telespectador, alguém que, diante da televisão é prisioneiro do que chamei de lógica do espectro.
TEXTO DE MARCIA TIBURI, EM:
[umbigodascoisas.com/2011/12/09/entrevista-marcia-tiburi]

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