“Mais que a obra de um único homem, o ‘Ulisses’ parece o trabalho de muitas gerações” - Jorge Luis Borges
"Quando, após anos de relutância, finalmente li “Ulisses” (no original), fiquei surpreso de descobrir que o livro é – nem sempre e não só, mas certamente também – apaixonante, sensual, engraçado, cheio de efeitos sonoros, cromáticos e olfativos de um certo dia em Dublin, tudo plasmado em frases de musicalidade irresistível".
Por Sérgio Rodrigues, em [Chegou a hora de ler ‘Ulisses’? Talvez, mas sem estresse]
Esta nona edição (edição esgotada, encontrada apenas em sebos) da série EntreClássicos, agora dedicada ao escritor irlandês James Joyce, é um verdadeiro guia de viagem pela obra de um dos mais complexos autores do século XX. Por meio de um guia de localização e de um roteiro de leitura, a edição conduz o leitor, capítulo por capítulo, pelo labirinto literário do clássico Ulisses, ajudando-o a descobrir o tesouro linguístico que se esconde nas páginas de Joyce. A edição também apresenta a produção menos conhecida de Joyce, como suas poesias e até uma peça de teatro. Por fim, o processo criativo do autor é analisado, em artigos assinados por especialistas no tema.
SUMÁRIO
Vida e Obra
Um certo rapaz de Dublin A determinação artística de James Joyce em ser escritor o fez superar percalços financeiros e deu ao mundo a obre literária mais revolucionária do século XX
Por Carlos Eduardo Ortolán Miranda
Narrativas e Poesia
Um idioma para a vida moderna Em Dublinenses, Joyce mergulha no ambiente de uma cidade e, a partir das narrativas de protagonistas de diversas idades, dá forma a um mosaico que reflete a essência de seus conterrâneos – e de si mesmo.
Por Iuri Pereira
Individualidade contra religião
Em seu romance autobiográfico O retrato do artista quando jovem, Joyce recria seu trajeto de criança dominada pelos dogmas católicos até o artista de intelecto livre e independente.
Por Rodrigo Lacerda
A intimidade de um deus paralelo
Ode ao amor insatisfeito de um professor maduro por uma bela aluna, Giacomo Joyce humaniza, com ternura, o início do processo de criação da linguagem joyceana.
Por Ana Lima Cecílio
O exílio num trapézio e a dramaturgia de Joyce
Em exilados, única peça de Joyce, os personagens são desenhados pelo desencontro entre si, e por uma espécie de estratégia que os impulsiona e retém, configurando um verdadeiro jogo de gato e rato.
Por Julio de Sanctis
Um guia para o Ulisses de James Joyce A seguir, passo a passo, um precioso roteiro de leitura para a obra-prima da literatura modernista. Nunca a riqueza de sua linguagem e a força de sua trama ficaram tão acessíveis ao leitor comum.
Por Ricardo Lísias
O outro longo percurso de Ulisses
De como a perigosa mistura entre crença absoluta num autor e total inexperiência como editora fez com que Sylvia Beach, uma livreira de Paris, viesse a publicar uma das obras mais importantes da história da literatura.
Por Ana Lima Cecílio
O livro sobre o mundo inteiro
A aventura de Finnegan’s wake resultou num livro que permanece a espera de decifração, mas é fonte inesgotável de especulação para os curiosos, divertimento para os interessados, intrigas para os críticos e muita literatura para todos os leitores.
Por Carlos Eduardo Ortolán Miranda
A Dublin de Ulisses
O imenso débito da coisa feita
Em Música da câmara, Joyce vence a batalha contra o sentimentalismo, construindo uma arte impessoal que, décadas após a morte do escritor, mantém sua vitalidade.
Por Alípio Correia de Franca Neto
Um grito, uma cadência, um estado de espírito
Com ironia e lirismo, Joyce constrói Pomas, um tostão cada, seu segundo livro de poemas, que fala de ciúme, perda e da angústia do envelhecimento e da morte.
Por Alípio Correia de Franca Neto
Textos Críticos
James Joyce e seu “clássico de vanguarda”
Juntamente com Proust e Kafka, o escritor irlandês revoluciona a arte do romance, ao recriar literariamente a complexa, contraditória e agônica experiência humana do início do século XX.
Por Carlos Eduardo Ortolán Miranda
Fome de ordem
Contrariando a ideia de controle absoluto do processo de composição, o principal mérito de Joyce foi dar cada vez mais liberdade a suas obras.
Por Fabio Akcelrud Durão
A professora de literatura irlandesa Munira Hamud Mutran, do Departamento de Letras Modernas na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da USP, fala sobre a obra Ulisses, de James Joyce.
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