O livro é uma coletânea de contos sobre a Bahia, com histórias do cotidiano, inventadas ou não. “Tem textos sobre política, alguns pretensiosamente culturais e futebol. Selecionei de acordo com os temas, para costurar o livro, para um texto dialogar com outro. Não dividi por capítulos, mas o fluxo divide bem”. Franciel contou a ABI que “Ingresia” surgiu por insistência dos amigos que acompanhavam seus escritos. As noventa crônicas produzidas desde o início dos anos 2000 estavam registradas em blogs e nas redes sociais. “Nunca tive ideia de fazer livro, nunca tive pretensão no campo literário, está sendo uma surpresa”, afirma.
Descrito no prefácio por Cláudio Leal como “um narrador empurrando as portas do mundo” e “repórter de perguntas sem afagos”, Franciel tem um estilo cortante que mescla humor, ironia, hostilidade e lirismo, em uma intrigante contradição. No posfácio, Setaro diz que “a sua pena é da galhofa, da ironia, exercitando sempre no que diz e no que fala, o seu pessoal sentido de ironia, de ver as coisas da vida com peculiar humor”. Em referência ao famoso blog que deu origem ao livro, o crítico já refletia sobre o que chamou de “estilo francielliano”, uma maneira própria de mexer no verbo. Setaro considerava sua escrita distante dos discursos acadêmicos caracterizados, segundo ele, “pelo desprazer da leitura”. Como disse Xico Sá na orelha do livro, “besta é tu que ainda não conhecia a maldita ingresia”…
Leia o texto completo, acessando:
[www.youtube.com/watch?v=0VsRg7h85qU]
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