ESCRITORES

ESCRITORES

Onde eu Nasci Passa um Rio








Uma jornada emocionante às margens do rio São Francisco, onde a busca por identidade e redenção se entrelaça com os mistérios do destino e do livre-arbítrio. [LINK PARA COMPRAR O LIVRO NA AMAZON]

Inspirado na clássica narrativa “Édipo Rei” de Sófocles, o romance apresenta a comovente jornada de um filho em busca de sua mãe desconhecida. Navegando pelas cidades ribeirinhas que margeiam o rio São Francisco, Edinho se vê imerso em uma série de eventos que trazem à tona os mais profundos questionamentos sobre a natureza humana diante do sofrimento e da morte.

À medida que ele avança em sua busca, testemunhamos a complexa interação entre destino e livre-arbítrio. Suas convicções são confrontadas quando conhece Maria, uma sensual dona de bordel que parece atrair o rapaz para si. Em uma narrativa que mescla a cultura local com uma trama clássica, somos confrontados com as consequências que a falta de afeto materno é capaz de causar na vida de um homem.

Numa ode à tragédia Édipo Rei, de Sófocles, Luiz Neves Castro recria, com maestria, os passos que este clássico percorreu, mas agora ambientado nas cidades ribeirinhas do vale são-franciscano.

Não é qualquer escritor que consegue inspirar-se em uma história tão original e transpassá-la ao interior do Brasil. O sucesso deste livro se dá graças à genialidade e ao lirismo com que Luiz dedicou-se a cada página.

Com toques de drama e sensibilidade, recorremos a um personagem capaz de nos fazer questionar até onde vale a pena procurarmos por uma pessoa que não nos quis. Este livro é capaz de ressignificar o desejo de ser amado e o papel feminino da mãe na vida de um filho.

"Onde Eu Nasci Passa um Rio" não apenas ecoa a antiga tragédia grega, mas também nos desafia a refletir sobre nossas próprias jornadas, sobre as escolhas que fazemos e os caminhos que seguimos em busca de respostas e redenção.

"Sabia e por que não evitou? Não pôde evitar? Que impulsos escondidos no âmago de sua alma fizeram-na cometer ato tão nefando, tamanho desvario? Num caso assim, foi vontade de Deus? Do Diabo? Ou a consonância da vontade simultânea de ambos?".

Por: Brenda Gomes M. Graduada em Escrita Criativa - PUCRS e Especialista em Leitura Crítica na LC - Agência de Comunicação.

A magistral trilogia de Antônio Torres: Essa terra, O cachorro e o lobo e Pelo fundo da agulha

A magistral trilogia de @AntônioTorres


Sobre Essa terra: 

Essa terra não é a história de uma terra, mas do seu produto humano.” - Leonor Bassères, Tribuna da Imprensa


Sobre o Cachorro e o lobo:

“Há magia na linguagem desse belo romance.” - César Leal, Diário de Pernambuco

“É a sua obra-prima.” - Ana Maria Machado, Jornal do Brasil


Sobre Pelo fundo da agulha :

“ Pelo fundo da agulha é um dos mais belos romances sobre o tempo que passa e nos acaricia e morde, afaga e faz doer.”- Ignácio de Loyola Brandão, Estado de S. Paulo

“Com Pelo fundo da agulha fecha-se o cerco da trilogia iniciada com Essa terra, de 1976, e seguida por O cachorro e o lobo, de 1997, marcando três tempos na obra de Antônio Torres e ainda três momentos distintos da história da ficção no país.” - Cláudia Nina, Revista Brasil / Brazil , Brown University




[LINK PARA COMPRAR OS LIVROS DE ANTÔNIO TORRES NA AMAZON]

As narrativas labirínticas de Bernardo Carvalho

Integrante da coleção Amores Expressos, que reúne histórias de amor de escritores que viajaram para diferentes partes do mundo, a obra retrata os dilemas de uma Rússia contemporânea.
Escrito pelo carioca Bernardo Carvalho e lançado pela Companhia das Letras, a trama do livro se passa em São Petersburgo, na Rússia. A obra traz a história de três mães narrada em primeira pessoa. Uma tenta afastar o filho homossexual do Exército. A segunda abandona o filho cujo pai é checheno. A última sofre por ter perdido um filho que se suicidou e tenta tirar outros da guerra.
Carvalho foi editor e correspondente estrangeiro do jornal Folha de São Paulo. Escreveu Mongólia, O Sol se Põe em São Paulo, Nove Noites, Medo de Sade, As Iniciais, Onze, entre outros.
Em O filho da mãe, Bernardo Carvalho orquestra uma multiplicidade de vozes e pontos de vista, sem nunca perder de foco o motivo recorrente da maternidade, imbricado com o seu avesso: o sentimento de orfandade, de desamparo e desajuste, cuja representação mais crua é a guerra. “As mães têm mais a ver com a guerra do que imaginam”, diz a certa altura uma personagem. O livro, de certo modo, é a demonstração poética disso.
Embora o pano de fundo da história seja a segunda guerra da Tchetchênia, em 2003, Carvalho volta-se neste romance à figura da mãe, ao tema da maternidade. Serão as mães, moduladas e refratadas nas diversas histórias que aqui se entrelaçam, o fio condutor de uma trama singular, cujo resultado vem confirmar a posição do autor entre um dos mais originais e inovadores da literatura brasileira contemporânea.
São Petersburgo, cidade literária por excelência, é o epicentro da tragédia. Mas, como costuma acontecer nos livros de Bernardo Carvalho, a ação se expande vertiginosamente no tempo e no espaço. Do Oiapoque ao Nieva, de Grozni ao mar do Japão, chegam os estilhaços desses dramas nucleares de mães culpadas, filhos extraviados e pais tirânicos ou ausentes. Todas as personagens parecem, em alguma medida, estar fora do lugar, em famílias e países alheios — daí a força que adquire, no contexto, a figura monstruosa da quimera, aberração rejeitada pela natureza e pelo homem.
Romance de alta voltagem emocional, sem prejuízo do viés crítico e da complexidade da construção narrativa, O filho da mãe é um passo à frente na literatura sempre inquieta e surpreendente de Bernardo Carvalho.


Mais vídeos sobre a obra: [Vídeo-2], [Vídeo-3]

Para saber mais sobre a obra de Bernardo Carvalho, acesse:

Densa melancolia, drama e poesia na prosa de Marcelino Freire

"Nossos ossos", primeiro romance do escritor, atualiza em chave moderna e melancólica o rito clássico do funeral. Diferentemente de seus trabalhos anteriores, em "Nossos ossos" Marcelino Freire deixa de lado as tiradas de humor e aposta na melancolia.
Com pouco mais de cem páginas, o escritor Marcelino Freire construiu um enredo de extrema singeleza e melancolia em sua primeira “prosa longa”, como ele a classificou. Em linhas gerais, trata-se da história narrada por Heleno, um dramaturgo que, vindo do Recife atrás do seu amor perdido, acaba ficando em São Paulo e obtendo algum sucesso na vida teatral, mas não suficiente para sarar, ou sanar, as dores do corpo, que são muitas. Essa é a história que vamos descobrindo por meio de sua narrativa, no entanto, a ação é centrada, de fato, no translado do corpo do seu “boy”, um jovem garoto de programa, no qual ele de alguma maneira se espelha e se encontra, e que morreu brutalmente assassinado numa dessas ruas escuras da cidade onde a prostituição se oferta. O êmbolo moral do personagem Heleno é restituir o corpo desse garoto, que seria lançado numa vala comum, aos pais, numa cidadezinha perdida do sertão pernambucano.
A beleza da narrativa de Freire parece residir justamente nesse translado: desde os preparativos do narrador, tirando toda a sua economia do banco, chamando seu taxista de afeição, seu Lourenço, para, com ele, fazer a longa viagem de carro de São Paulo a Pernambuco, até a entrega final e ritual do corpo.
[...]
Guardadas as devidas diferenças em relação ao mundo helênico, a morte do boy (cujo destino trágico, de coisa entre coisas descartáveis, já é anunciado na epígrafe do livro, retirada do domínio público: “O meu boi morreu,/ o que será de mim?/ Manda buscar outro,/ ó maninha, lá no Piauí”, cuja graça se torna desgraça, na releitura feita pelo escritor entre “boi” e “boy”) e a entrega de seu corpo ao velho pai carcomido pela pobreza, em Poço do Boi, recuperam a simbologia dos funerais.
Por Heitor Ferraz Mello, Revista Cult, em [O boy helênico de Marcelino Freire]

Na prosa poética de Marcelino Freire, uma fábula macabra sobre a proximidade entre amor e morte.
Marcelino Freire fala com Rodrigo Simon sobre seu primeiro romance, Nossos Ossos. Pernambucano de Sertânia, Marcelino vive em São Paulo desde 1991 e é autor de cinco livros de contos, entre eles Contos Negreiros, vencedor do Prêmio Jabuti 2006, e Angu de Sangue. Em 2004, idealizou e organizou a antologia de microcontos "Os cem menores contos brasileiros do século". É criador da Balada Literária, evento que, desde 2006, reúne escritores pelo bairro paulistano da Vila Madalena.






Saiba mais sobre a obra de Marcelino Freire, acessando: 
[www.youtube.com/Marcelino+Freire]